Aos olhos da alma
Um vulcão adormecido
Um jardim esquecido
No caminho do olhar.
Recordações teimosas
Abrem fendas dolorosas
No sentimento partido
No fundo do ego escondido
Disfarçado de saudade.
Tentação do tempo
Judiando do presente
Teipes de felicidades
Apertando o coração.
Um grito surge do íntimo
Rasgando a solidão
Devastando a paixão
Querendo explodir a carne.
Pressão aumenta no peito
Lágrimas querendo rolar
A boca engolindo seco
Certo mistério no ar.
Na inconstância da vida
O vento seduz à brisa
Invadindo uma lembrança
Que nunca foi esquecida.