Roberspierre, Saint-Just, Danton e Marat.
Filhos de uma explosão química que modificou sua estrutura genética, eles abalam as estruturas pré-existentes, incutindo na mente dos oprimidos a imediata necessidade de quebrarem seus grilhões, tomarem de assalto o controle sobre o rumo de suas vidas, deixarem de ser apenas massa de manobra e buxa de canhão, alimentando-os com ideais e aspirações superiores, até que todos os seus correligionários estejam prontos para se tornar algo melhor, mais perfeito, deixando de ser a parte suja e fedorenta da sociedade, deixando de ser os pobres-coitados indefesos para se tornarem uma tropa bem treinada e bem armada para o confronto com seus adversários. Nessa hora, todos eles deixarão de ser oprimidos para se tornarem OPRESSORES.
Então, quando todo o seu círculo se sente seguro em suas posições de novos opressores, eles os apunhalam, furam com as sai, decepam na katana, descem o cacete com o bastão, racham as cabeças até sair o cérebro, furam os olhos, degolam, picam em setecentos e quinze diferentes pedaços, ateiam fogo, envenenam, empalam, escalpelam, mordem, arrancam, estripam, fraturam, deslocam, pisam, chutam, socam, batem, pulam e se divertem.
Depois vão para casa, nos esgotos ao ar livre ao lado do palácio de governo, contar para o papai Ratão como foi o seu dia. E dormir gostoso esperando pela manhã seguinte.
