Acendam as velas, pois o Jornal do Brasil morreu; em verdade já faz algum tempo que o cadáver esta circulando por ai, porém sem seu coração que já havia parado de bater, sem seu cérebro que havia parado de pulsar( e de pensar) e o sangue que outrora quente corria, ao coagular-se já nos mostrava claramente o óbito anunciado da ética e da verdade jornalística em beneficio de algo dúbio e nauseantemente óbvio.
Faltava apenas para expedir-se o atestado final, preparar-se o funeral e acender as velas, que o próprio finado deixou preparadas como um gesto definitivo de adeus e de (des)respeito para com seus leais leitores, não sem cobrar-lhes R$ 3,95 por cada uma das cinco, pois as referidas velas se fizeram aromatizadas, certamente para poupar-nos do desagradável olor fétido emitido pelos compromissos com o lucro desprovido de lastro para subsidiá-lo, das mentiras deslavadas proferidas por assassinos que em suas páginas transformaram-se em “articulistas” metidos em tentativas torpes e vãs de justificar o injustificável e de redundarem ignobilmente nas falácias em suas vidas encravadas, de erros cometidos sem que qualquer desculpa na forma de errata fosse apresentada aos leitores pagantes, que no mínimo mereciam esta consideração e esta desculpa pelo insulto as suas inteligências, pelo uso abusivo e fora de propósitos de matérias pagas, pelo excesso de merchandising plugado e insensível , por relegar muitas vezes a um plano secundário seus melhores cérebros e a priorizar “idiotas da moda”,por não levar em consideração seus anos de resistência e luta pela ética no jornalismo,em favorecendo esquemas fáceis de elogios vazios e desprovidos de reais méritos,por abandonar uma missão até então solene de preservar a verdade, por acobertar a noticia em beneficio do capital acionário, por cometer erros crassos de ausência de revisão, por colocar sabe-se lá aonde a Chapada dos Guimarães,( esta boçalidade,devo admitir teve uma correção; tão ridícula quanto o erro em si, pois ao ler não pude acreditar e recusei-me a ver onde foi que enfiaram a dita Chapada) por um inconfiavel e perdido "caderno de turismo",por incendiarem primeiro intencionalmente e depois em uma nota (não emitida pelo cronista que deu a matéria original) afirmarem que o incêndio no TRT do Rio fora acidental (incompetência e negligência no Brasil são acidentes), pela PROPAGANDA ENGANOSA, QUE NA TELEVISÃO APRESENTAVA AINDA A BICICLETA COMO PRÊMIO PELA ASSINATURA ENQUANTO NO INTERIOR DO JORNAL DIZIA QUE A DITA CUJA ESTAVA ESGOTADA,por necessitar de prêmios e não de talentos associados a verdade ética do jornalismo em suas páginas para atrair leitores,por jamais publicar cartas em sua sessão de , que antes desta, já vaticinavam o triste e desonroso fim que se aproximava e por me fazer perder o único jornal do Rio de Janeiro no qual eu ainda acreditava.