Para esquecer... Esquecer como?!
Como será possível tomar rumo
Se a vida nos obriga a olhar pra trás?
Esquecer?! Sim, talvez adormecer
Para mansamente interromper
A dor que acorda todas as manhãs.
Desfio no vazio de horas vãs
Entre sombras perenes, quase anãs
Que se agigantam desmedidamente
Quando surge à luz um objecto
Que traduz de longe em muito perto
Em desespero a sombra do ausente!