Hoje a carta é destinada aos amigos sumidos na voragem dos dias. Não, nenhum deles está morto, graças a Deus. Apenas, no ritmo avassalador da vida citadina, desaparecem dos nossos olhos, ainda que estejam morando a uma quadra ou duas de distância. Mas, não há jeito que se possa dar para que eles, vez por outra, apareçam em nossas vidas.
E não há outra saída, além de curtir uma saudade leve, quando a lembrança deixa cair a ficha e a gente relembra os fatos marcantes de uma convivência que irrigou e fez nascer a amizade.
No entanto, mesmo que a gente não se comunique, nem se veja, a amizade, nem assim, perde a importância.
Então, vocês sumidos, por favor, depressa, digam alguma coisa, respondam presente à chamada impaciente da minha saudade.