Recebi com todo o gosto seu prezado e-mail, a referir-se ao Fado e a homenegear a AMÁLIA.
Bem... Diógenes, além de apreciador de Fado, faço Fado. A maioria dos intérpretes fadistas de Portugal cantam fados de minha autoria. Desde 1965 que ando entre fumos, perfume de carrascão e suores de mulher fatal. Sou como todos os santinhos pecadores... Com uma diferença: não careço de esconder o pecado e sinto-me bem com ele nos olhos! Esta alusão, Amigo, no ensejo, é tão só para aquela legião de hipócritas que não cessa de adensar o nosso quotidiano de miserabilismo mental... São os polícias de Deus... São os cruzados hodiernos, uma cambada de farsantes que envergam a capa da valentia sobre o corpo da covardia.
Diógenes... Quando entrei para o liceu, elegio-o desde logo meu filósofo predilecto. Em princípio, como simpatizava deveras com o que sobre ele lia, não gostava nada que o tivessem denominado de cínico... Cínico, porquê? Vendo bem, os cínicos estavam todos em redor dele!
-o-o-o-o-o-o-o-o-
OLÁ ANTONIO TORRE DA GUIA
Por sabê-lo apreciador do fado,
envio-lhe este poema.
Compôs-se por ocasião da partida de Amália.
Agradeço por ter ensinado o marquee...
Um grande abraço
Diógenes
Faltou........... aqui o "/", para que funcionasse... Assim:
Uma guitarra faz silêncio ao canto.
Um violão se queda pensativo.
E todo instrumental. Por que motivo?
Vou responder: meu verso é qual um pranto!
O fado não morreu. Está bem vivo
e transportado ao Céu o seu encanto
através de uma voz amada - e quanto! -
com potencial interpretativo
De fato alguém partiu. Há nostalgia?
Não posso lhes negar que há já saudade
em todos, tenham muita ou pouca idade,
e a esperança de a ouvir um dia
lá no Céu, onde Amália, com certeza,
é embaixatriz da alma portuguesa.
Diógenes Pereira de Araújo
-o-o-o-o-o-o-o-o-
Clic, Amigo, sobre o rosto de Amália, e saiba mais coisas sobre esta grande artista portuguesa.