Amor?! É dádiva nascente como a fonte de um rio, fiozinho singelo e puro, quase nada que enche e preenche de vida as margens da humanidade até à foz.
Amores sólidos?! É o Douro, é o Tejo, é o fabuloso Amazonas, conspurcados pelo que tem de ser desumano, pelo que tem de ser contra o reconhecimento da própria inteligência.
Amor?! O da cama? O de pernas para o ar com a cabeça do macho a narigar a safira dos cios, mãe de todas as derivas?! Ah... Isso não é amor. É como comer, como beber, como dormir, complementos do infalível quadrado que só o verdadeiro amor, amarra transcendente, pode satisfazer em pleno.
Amor?! O vício de ser... O egoísmo de possuir o mando sobre outrém, o tal amor onde a infidelidade funciona como punhal aterrador? Isso... Isso é o resultado das religiões que inventaram o "pecado-perdão" para governarem o que não tem governo. Esse amor é medievo...
Amor... É... Entrega total ignorando o bem e o mal. Amor... Do condenável pela estultícia legal da sociedade? Dois exemplos: Romeu e Julieta, de antanha invenção, e Bonnie e Clyde, que existiu mesmo...
Ora, Amor... Amor... Amor?!
O amor... Que sentimento!
Tão belo e tão fatal
Acaba na lei do tempo
Por nos fazer sempre mal!
Torre da Guia DR-SPA-1.1453 |

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* Torre da Guia * Ai se eu soubesse o que é o amor!