"Um Poema Para Alguém Que Sou Eu"
KaKá Ueno...02 03 03.
Hoje, certamente saberia como caminhar sem tropeçar...
Às lesões que o tempo nos traz,
saberia como evitar:
seria sem duvida um caminhar sem dores,
sem marcas do passado.
Só lembranças, e às boas?
Seriam reconciliadas...
Se para a ferida ser curada,
em vez de um remédio caro,
o afago do cão o curara apenas com sua lambida...
A cada ofensa ouvida passaria desapercebida...
Consiste nos direitos da vida,
a razão por qual motivo,
teremos que metermos,
a soberania da existência mantida.
Por este ou aquela razão:
não nos interessa tomar conhecimento das feridas alheias...
Quando o vento soprar,
retirará de cima da pele,
o pó que encobre algumas marcas doloridas...
Dói tanto quanto pesa,
carregar tudo aquilo que não se precisa...
para quê então levamos?
Se aos meus pés o velho calçado não me cabe mais...
Para que então guarda-los?
Não fere tanto saber o recuo do ser...
Se quem se recente, é algo que dentro bate tão profundo,
muito além de um simples sentimento...
Quando às palavras forem suficiente para da vazão aos esquecimento...
o mundo e eu, não seremos tão somente,
como a existência de uma planta fora do alcance,
das mãos de uma criança.
E que sem água não há como crescer.
Feito um pássaro trancafiado:
Dependente da ração vinda se não esquecida.
Se o meu Deus não me perdoar,
por não ter podido sorrir num momento,
quando era preciso chorar...
Não choro por mim e sim por ele...
Por não ter compreendido...
São teus os instantes de escuridão.
Certa noite, alguém ou alguma coisa se aproximava...
Se pudéssemos ver antes que a luz se apagasse...
Ou até mesmo antes de se acender.
Nenhuma falta ou ajuda seria negada.
Em meio à chuva de facas atiradas...
O corpo permanece inerte...
E para que nenhuma delas nos atinja.
O espirito mantém-se límpido, digno e honesto.
Quando a lamina voar em direção ao coração
Quando o reflexo do sol escureceu minha retina...
Busquei na sombra um lugar para sentar...
Talvez foi ai quando tropecei em ti...
E sem perceber, ainda podendo sentir o relevo,
ouvi gritos...
Alguém chamava por mim...
Se o ser mente um para o outro:
certamente, este,
nunca soube onde reside a essência e o valor que cada ser tem.
Não me apegarei jamais às coisas grandes ou pequenas...
A evolução espiritual emana dia a dia...
Pouco precisamos para nos mantermos...
Quando sair-mos da vida para um plano superior...
Não quero levar comigo o peso que a terra suporta.
Só o sorriso sincero de alguns amigos!
Pois, ela há de me acolher,
hei de me tornar um fértil corpo,
e doar-me ao retorno...
Se um amigo chorar por senti minha falta...
Para onde quer que eu vá,
serei eterna!
Nas confusas transgressões das varias faces...
Há um tempo nos esperando,
como o colher de uma flor.