De súbito acordo no desejo
D ir buscar a rima ao rio Tejo
E só rimar ao fim o rio Douro...
Por estrofe escolho a sextilha
Na métrica além da redondilha
O decassílabo é o grão-tesouro.
Do povo... Velho escravo mouro
Que enlaça a cabeça do touro
E lida a vida à face da morte
Tomo a deusa mãe... A Poesia
Quiçá raínha certa da mestria
Que me dê ao verso alguma sorte.
Filho do Porto... A capital do Norte
Quase careço já de passaporte
Para trilhar a invicta cidade
E praza que breve só a mim me toque
Carreta que me leve e dê reboque
Para a terra da minha liberdade!