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Cartas-->Meus Passos -- 16/08/2000 - 20:41 (Andréa Abdala) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bom Dia Amigo Gabriel,

Ainda não consegui abrir a página onde está seu poema, e logo que o consiga tecerei comentários.

Hoje quero narrar um acontecimento que presenciei a cerca de 2 meses atrás e não saía dos meus pensamentos mas não conseguia externá-lo.

Tudo aconteceu no meu percurso até a Universisidade.

Tenho por hábito pegar a Linha Vermelha por Pavuna e não pela Via Dutra como é de costume dos que moram na Baixada Fluminense ao dirigirem-se ao centro da cidade e demais localidades.
Pela Pavuna é mais tranqüilo e, logo cedo, prefiro fugir, nem que seja por uns minutos, do tumulto apavorado das pessoas, principalmente no trânsito, e ainda tenho o privilégio de passar por três Igrejas. Bom , não é verdade?
A última delas fica localizada em uma praça, de tal forma que só consigo vê-la após fazer uma curva fechada.
Foi justamente neste ponto. Após ter feito a curva, com o carro na terceira marcha (é possível) avistei no meio da rua, atravessando-a, um senhor idoso. Ele estava justamente bem no meio da rua. Reduzi a marcha imediatamente para a segunda afim de dar-lhe tempo para que atravessasse com calma, e qual foi a minha surpresa... (seus passos eram tão lentos e difíceis ) quando precisei frear o carro e deixá-lo terminar a travessia com todo o tempo que fosse para ele necessário. O que pensei naquela hora:
- Meus Deus, será que as pessoas ao volante possuem discernimento e entenderiam a razão de parar o carro para deixar aquele senhor atravessar a rua?.
Eu mesma precisei compreender o que estava acontecendo deixando o piloto automático de lado para me conscientizar que precisava brecar o carro.

O esforço daquele senhor era imenso. E logo pensei:
- Meus Deus, o quanto deve estar sendo difícil para ele, que antes foi um homem provavelmente ativo e com a mesma pressa que a nossa "arrastar-se" pela rua sabendo que muitos motoristas estariam xingando-o sem perceberem o quanto ele poderia estar constrangido (ou não) com o que aocorrera. Senti pena dele e raiva de mim porque parei o carro com atraso da consciência.
Somente me dei conta dos sentimentos daquela pessoa após frações de segundos. Naquela hora "culpei-me" por ter pensado primeiro em mim (na qualidade de motorista) e depois nele.

Bem... tudo isto veio a minha mente enquanto estava parada ali esperando-o passar de um lado a outro da rua sem problemas. Graças a Deus nenhum outro veículo fez a curva naqueles minutos de expectativa, simplesmente por não ser local apropriado para se parar um carro repentinamente.

Deverá estar pensando que o senhor deveria ter procurado outro lugar para atravessar a rua com mais segurança... eu também pensei nisso. Mas lhe digo, não o culpei em nenhum momento, sua dificuldade o dava direito de ser respeitado e compreendido. Qualquer outro lugar para ele seria longe, longo e difícil. Eu o compreendo e peço aos Anjos que estejam sempre ao lado dele, de coração.

Hoje, somente hoje, meus dedos correram para o teclado e com os olhos e a mente voltados para aquele dia escrevi Meus Passos, obviamente pensando naquele senhor. Rememorando aquela cena. Gostaria que você me dissesse se há algum errinho visível para seus olhos que fugiram dos meus. Particularmente estou muitíssimo contente com a dádiva da inspiração e ouso dizer-lhe que Meus Passos deram-me muita alegria após sua rápida (hoje) criação. Estou aqui torcendo por aquele senhor e se fosse possível beijaria suas bochechas. (coisa minha)

Agradeço a Deus
Agradeço a você
(sem mais palavras)
Andréa Abdala(ouvindo as fitas :-)) Cantiga de Manoel Leandro)

13/08/00
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