Yves Tanguy sóbrio com uma mistura sem mexer muito de Marcel Duchamp, se isso é possível??? Acho que sim, dentro de mim, isso foi possível, não pense que estou tentando explicar sua obra de arte, ou melhor, minha, mas foi a sensação que tive por ela há dois dias atrás enquanto fazia sussegadamente meu Reiki diário, mas depois pensando com um pouco menos de profundidade ou viagem mesmo, vejo que não é isso, então será uma obra claramente inspirada em “As Meninas” de Velásquez??? Bom, isso só você poderá dizer, ou é o resultado de anos e anos mesclando arte com natureza íntima, mas aí já podemos ver claramente naqueles quadros que você me mostrou aquela vez, em que pareciam obras de Chagal realista, ou menos Surrealista, não tão oníricos, mas cheios de sonhos, ou simplesmente lúdicos pessoais seus, sei lá, só sei que esse quadro me despertou paixões esquecidas dentro de mim, e ele me faz pensar e refletir muito mais que a Kelly Key, e posso te dizer a verdade??? Está difícil isso hoje em dia, mas voltando ao quadro, ao maravilhoso quadro que não ousaria dizer abstrato, ou não ousaria classificá-lo simplesmente SÓ assim, diríamos que me faz pensar e reviver o Romantismo Clássico de um Ingres, mas com um Minimalismo Contemporâneo de um vasto campo triste e melancólico, aquele branco, ah aquele branco, ele me hipnotiza, me surpreende, onde janelas abrem para corredores, escadas, tão místicos, tão misteriosos que em meus sonhos li entro para ver o outro lado, para ver se li está o que estava eu pensando estar...
Na verdade, estou te escrevendo essa carta para te agradecer pelo quadro, é minha primeira obra de arte, desculpe se estou te enchendo com meus pontos de vista meio transcendentais sem sentido, não quero explicar sua obra e sim explicar minha sensações, esse quadro me faz viver, sem dúvida, me ajuda a viver, obrigado......muito obrigado.....te envio um pequeno texto meu sobre o amor, arte não deveria ter preço, então pagaremos arte com arte....