Carrego comigo uma culpa!
E ao mesmo tempo orgulho...
De um dia ter deslocado o grande mestre das artes,
Ao ver que mal podia movimentar-se...
Ele caminhava lentamente, com muita dificuldade,
na locomoção de seus passos,
em um ambiente de difícil acesso, pedi que posasse para mim,
para o quadro de fotografia, documento que guardamos para arquivo,
àquele momento, como o grande mestre e sua trajetória infinita...
Deslumbrei-me, minha ansiedade forá maior;
durante uma apresentação cênica no qual meus amigos atuavam,
uma peça escrita por Gianni Ratto:
E no camarim o entusiasmo os afagos, todo aquele momento de euforia...
Momento da fotografia onde é de praxe para nós atores, reunir todo o elenco...
e eu em cima de uma mesa, mando que todos postem-se para foto,
neste o Gianni esta bem distante,
busco-o, mal conseguia se deslocar de onde estava para onde queríamos,
ele distintamente me seguiu encostou-se
na parede do anfiteatro apoiando-se em sua esposa:
naquele momento não nos demos conta de sua dificuldade de locomoção:
Alguns anos depois, olhando, remexendo as mil e uma fotografias de trabalho percebi a grandeza deste ser maravilhosamente meigo e sensível...
Que nem ao menos se opôs...
Poderia ter dito não!
Seria compreensível, porém não o fez.
Nasce então minha grande admiração por Gianni Ratto.
E suas palavras que poderia ser excelente criticas,
para os críticos de plantão.
Ratto e eu, somo uma unanimidade,
em admitir que se aplaude qualquer coisa de pé,
porque pagou, para não ficar no prejuízo...
Quantas vezes em festivais,
críticos possessos ficaram!
Eu poderia dizer até que, sentiram-se
humilhados por,
ter lavado à arte do sentimento falado em movimento de performance...
Mas como eu não trabalho para críticos e sim, para meu público,
é para eles que saem de seus lares, numa noite de descanso...
Sim! Estes com certeza são os anônimos que nos tiram do anonimato.
Estamos nos bastidores, para quem deseja fazer sucesso.
Minha arte não cospe o público...
O mesmo lerá cada parte, cada músculo de cada ator em movimento...
As palavras sucinta, limita-se aos encanto da Performance:
São slides da vida que apenas reflete a busca por conhecimento...
Aos 85 anos e 60 de arte cênica se mantém lúcido, convicto de suas e nossas necessidade dramáticas...
Eu poderia citar as varias dificuldades na área cênica,
mas, ninguém melhor que Ratto, com sua vasta experiência.
Meus Heróis não morreram de over dose...
Estão vivos e embriagando-se de cultura,
num país que não enxerga arte como cultura, infelizmente!
Provavelmente muitos não ouviram fala em Gianni Ratto, bem,
é que arte do nível de Gianni Ratto sem querer magoar ninguém... ( é uma iguaria )
Ainda hoje encontrei um diretor, que a muito não o via...
Felizes colocamos nossas idéias em dias, dizia ele que parará de atuar,
sua filha e ele, haviam por motivos alheio que só lhes dizia respeito;
Abriu sua carteira e quis explicar-me mostrando uma fotografia de sua filha com a tiazinha, lamento caro colega, tenho mesmo que sair, adequando-me aquele instante de fúria, mas me contendo,
porém sua felicidade era evidente,
para não ser indelicada,
ele não entenderia que naquele momento ferirá minha alma,
certo que, o que estava mostrando-me cheio de orgulho, mal sabia ele,
que eu estava quase em coma ódiana...
Nem mesmo poderia imaginar,
que naquele instante fui as lagrimas,
minha víscera se contorceram e eu quase não conseguirá falar,
sai sem dizer palavras.
Naquele instante Gianni Ratto falou por mim...
Saia logo, antes que passes mal, e que se exponha perante o ignorante...
Ele estava em busca da fama a qualquer preço...
Os nossos valores vai além da nossa compreensão dos direitos e qualidade da arte.
Sabido isso, resta esperar-mos até surgir,
novamente outras Cacilda Becker.
Para não morrer de fome, fazendo o que sabia fazer e muito bem,
precisou roubar para se alimentar.
É para ele, esta simples e modesta declaração de carinho...
Meus respeito e minha admiração eterna e sincera!
Autora: KaKá Ueno
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