Para quem escreverás tu?! Que degrau visionarás por aqui para lograr o que almejas?! Escreveste directo e sem revisão?! Esse pré-aviso ambíguo, do tipo culpa a pedir desculpa, comove-me e decepciona-me, amálga-me a sensibilidade a teu respeito. Revela o anátema sentimental que te caracteriza.
O teu currículo na Usina está exemplar quanto à objectiva intenção de teu posicionamento usineiro: mãe de filhinho ao colo à procura de amante compreensivo! (Anda...Corre depressa a remover).
A experiência que tomei e decidi realizar para esclarecimento íntimo está no zénite da prova. És exactamente para mim o que foste para os outros. Para mim?! Creio que estás a ser um pouco mais... Que pretenderás deveras? Que eu saia ou seja expulso da Usina?!
Vou mais por outro lado, mais plausível e coerente, embora a súmula se enforme no lixado preconceito que abomino: cristãzeca à procura de cristo permanente para zurzir. Se é... Pilatos está em vias de despedir-te. Não correspondes à necessária pressão sobre a vítima para que o lava-mãos ascenda ao mérito de quem bem decide.
Agradeço-te, sem outra enviesasa intenção, a comparação ao maior e mais fiel amigo da humanidade. Não me importaria nada de me consumar pessoa ao nível de cão... Só que, quem intentasse colocar-me coleira ou açamo levava logo com os caninos a rasgar. Também neste parâmetro revelas sem reticências em que condição e medida te arvoras dona da esbelta cadela Bia. Sobra-te a hipótese, e essa seria uma revelação bem mais estranha, odiares os cães e adorares as cadelas... Quiçá por isso, "zás", lá se foram os cios da bicha!
Admiro-te num pormenorzinho subreptício em que, parece-me, acreditas naturalmente: partes do princípio de que quem te lê não tem memória. Estás sempre refeita das quedas anteriores e persistes na queda seguinte. Colocas, moves e removes. És uma permanente lavadeira de passeios. E admiro-te, só, pela enorme percentagem de hipocrisia que te cerca e contra a qual, queiras ou não queiras, terás de lutar com todas as armas.
Todavia, Milene a arder, praza que doravante sirva eu de stop para que evites a senda da mesmíssima coisa nos teus usinais dias... Que estão, infelizmente, contados pela decrepitude onde assanhadamente te atolas.
Teus pareceres e opiniões não valem um carocol sob a batuta que gere e aprecia o condão e o valor literários de cada qual. Não tens estofo que exale coerência firme e seriedade impessoal. És mais uma estafermazinha que sofre íntima e antecipadamente a derrota da vanglória. Nem cenário quanto baste possuis para enformares algo snob que escape à entrada da ópera.
Borboleta, pois, borboleta muito e aproveita a oportunidade que decidi, para teu gáudio, outogar-te: sê a primeira a desprezar-me firmemente. Mostra-te digna nesse lance... Porque aqui, aqui na Usina, quem anda já há bastante tempo a dar-te uns ossinhos para roeres... Sou eu.
És... És... Simplesmente Milene... Ou... O próximo que esclareça, que esgravate na esterqueira do mexerico e da intriga... Se assim quiser sujar os olhos.
Torre da Guia
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