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Cartas-->Carta aos execrabilíssimos dipterozinhos... -- 30/03/2003 - 16:12 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem não é capaz de transformar as ideias más em boas?... Justamente!...

 

Sem ela, a magnífica díptera, o internético espaço usinal perderia magnitude e dimensionar-se-ia a um ridículo anão sem movimento, depenado de fada que lhe extinguiria toda a graciosa dinâmica. Perdê-la, envená-la, esmagá-la, colá-la a uma ratoeira pendente e enfim matá-la, seria imperdoável suicídio, espécie de lesa auto-corpo dos sonhadores inveterados.

Eu... Oh... Eu matá-la-ia, sim, mas apenas para os outros e guardá-la-ia integral só para mim. Deliciar-me-ia com ela nos mais ajuízados e loucos volteios da vida. Se me finasse na função, o meu último suspiro enfunar-lhe-ia decerto o asado impulso para que lograsse ainda ir mais além.

Ela... Ela, sim, como nenhum outro díptero - por mais astuto que seja - sabe e conhece de olhos fechados a paisagem das mosquidões da vida, aquela vida que impulsiona os insectos para o voo e os impele, aqui como em qualquer outro lado, à procura de felicidade e, pasme-se com o paradoxo, vêm para aqui disfarçados de voejantes felizes como se andassem apenas a sacudir o pó das asas, quiçá provávelmente a libertarem-se da merda mental absorvida nas aterragens infelizes.

 A díptera que concebo, segundo o enlevante e disneyco conceito que resumiu a humanidade ao rato-gato, terá também algo de einsteiniano e radical objectivo, fórmula ideal para fazer desaparecer os resíduos do insuportável odor que nós, dípteros da usínica atracção, vamos largando em cima uns dos outros.

Neste azado lance, ocorre-me uma celebrada aleixada que o povo lusofalante ainda não absorveu a contento, apesar de o facto gestual estar bem demonstrado no pino da evidência e tocar-lhe os cegos olhos abertos a cada minuto que passa.. Pois que ainda prefere matar a mosca...

 
Uma mosca sem valor
Pousa co a mesma alegria
Na careca de um doutor
Como em qualquer porcaria!
António Aleixo
 
"Nada se perde, tudo se transforma". Quem foi o fundamental díptero que assim pensou? Arre... Era mesmo gigantesco o moscão!
 
Voa... Voa... Díptera
Voa imensa sem ter fim
Do Outono à Primavera
E pousa em cima de mim!

Torre da Guia
 
Pensamento:
 
Se me falta engenho e arte
Que culpa tenho de amar-te?!...
 
Hoje chego e passo de díptero lindo... Quiçá seja do licor dos dias!
Bem... Cuidado... Há sempre um dipterozinho à espreita... Ah... Ah... Ah...
Um Dipterozinho... Esse! Vou Kapá-lo... Ah... Ah... Ah...
 
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