Era um menino perdido. Nunca sabia onde encontrar os sapatos.
E quando os encontrava, cadê as meias?
Vivia entre palavras. Tinhas grandes projetos de brinquedos. Todos falidos, por não saber estruturá-los.
Mas isso não seria tão trágico, se ele soubesse ler direitinho e interpretar com a devida correção os fatos que, aos poucos, vão compondo um cenário determinado.
Não lhe disseram que “projetos” não se jogam ao vento. Há que ser delineado todo um perfil, dentro de uma realidade palpável.
Mas o menininho não atentava para esses pequenos detalhes: queria, porque queria ter em mãos todos aqueles brinquedos. E não se contentando em ter, um de cada vez, acabou por não ter nenhum.