Uma mãe puniu sua filhinha por estragar um rolo de papel dourado com que ia decorar uma caixa a ser colocada sob a árvore de Natal.
Na manhã seguinte, noite de Natal, a menina trouxe a caixa e entregou a ela dizendo:
- Isto é para você Mamãe!
A mãe ficou embaraçada por causa da reação precipitada que havia tido um dia antes, mas sua raiva aflorou, novamente, quando viu que a caixa estava vazia, falou rudemente com a menina:
- Você não sabe que quando se presenteia alguém é esperado que haja alguma coisa dentro do pacote?
A menininha olhou para ela, com lágrimas nos olhos, e disse:
- Oh, não está vazia, mamãe. Eu soprei dentro dela, até ficar cheia de beijos.
A mãe ficou arrasada. Ajoelhou e pedindo perdão por sua ira irracional, abraçou-a com ternura.
Um acidente tirou a vida da menina pouco tempo depois e é sabido que a mãe guardou aquela caixa dourada perto de sua cama por todos os anos de sua vida.
Sempre que estava deprimida ou tinha de enfrentar problemas, ela abria a caixa e imaginariamente tirava um beijo e lembrava o amor da criança que o colocou lá.
a.d./produção visual:CARLOS CUNHA
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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