Um menino olhava a avó escrevendo e a certa altura perguntou pra ela:
- Vovó. O que você está escrevendo?
- Estou escrevendo uma história do que aconteceu conosco? – A velhinha respondeu.
- E por acaso é uma história sobre mim?
A avó parou de escrever, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que a palavra é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
“Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade”.
”De vez em quando, eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor”.
”O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.
”O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas a grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.
”Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".
a.d./produção visual:CARLOS CUNHA
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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