APRESENTAÇÃO: narrativa de uma amiga sobre acontecimento inusitado com um sujeito que estava quase namorando sério.
SPRAY
O ENCONTRO
Estava no início de novembro de 2001 e naquele sábado, sozinha no Barroquinho por volta das quatro da manhã, percebi que um sujeito que estava com seu amigo do lado de fora do bar estava me olhando como se me paquerasse.
Eu não estava bem, já havia bebido bastante e sentada sozinha na mesa era uma presa fácil. Quando dei por mim ele já estava ao meu lado perguntando se podia sentar-se. Disse que sim.
Aparentava ter uns vinte e sete anos e lembrava muito um de meus antigos namorados – um dos mais queridos! – e trajava calça jeans e uma camisa vinho de malha. Assim que se sentou pude perceber que ele não era do tipo careta e já estava meio alto. Era simpático e bastante educado.
- Acho que já te conheço... – disse de uma forma que me pareceu realmente acreditar naquilo. – Onde você mora?
Quando respondi Pendotiba – uma vez que estava morando com minha irmã – ele confirmou que era de lá que me conhecia. Naquele instante também o achei com um rosto familiar.
Depois de algumas cervejas e com o dia já claro ele chamou-me para acompanha-lo, uma vez que morávamos bem próximo. Aceitei e pegamos o ônibus. Já havíamos trocado carícias no bar e ele se mostrava sempre bastante respeitoso – ao contrário da maioria, que sempre quer logo passar a mão aqui e acolá, quando não sai mostrando logo o membro na primeira oportunidade. Dentro do ônibus perguntou-me se podia dormir fora e diante da resposta afirmativa descemos em nosso ponto e ao invés de fazer meu caminho, passei pela rua de minha irmã dirigindo-me a casa dele.
Andamos bastante, aproximadamente uns 15 minutos e já bastante cansada, ele apontou uma casa bonita de dois andares muito bem localizada.
- Até que enfim! – resmunguei.
Havia me dito que morava em companhia de sua mãe, mas tranqüilizou-me afirmando que a mesma estaria dormindo.
Quando adentramos o jardim um enorme cachorro veio ao seu encontro e me encolhi em suas costas, mesmo dizendo que era manso. Tinha um medo horrível de cachorros desde um acidente que tive com esse tipo de animal.
O jardim era bem cuidado e fizemos a volta pelos fundos da casa, e entramos pela sala e pude notar que embora a casa fosse muito bonita os móveis que compunham a decoração daquele ambiente estavam demasiadamente gastos. Subimos logo a escada e fomos para o seu quarto e também achei os móveis velhos, muito embora fosse um ambiente agradável, com uma varanda com rede, banheiro, uma cama de casal grande, etc.
Naquele dia ficamos nos acariciando durante umas três horas até irmos dormir.
Acordei logo, umas duas ou três horas depois. Ele chamou-me para acompanha-lo em um churrasco na casa de um de seus amigos, bem próximo da casa de minha irmã. Aceitei e passei em casa antes para trocar-me, enquanto ele esperava-me na padaria.
Passamos o dia juntos e ele pareceu-me uma pessoa bastante agradável e como estava sem ninguém, parecia-me adequada à idéia de namora-lo.
Quando voltamos do churrasco, me entreguei a ele. Pensei: “é, ele pode ser meu namorado”.
UM CARA LEGAL
Ficamos a partir daquela data saindo juntos, e como minha mãe estava internada, quando não dormia com ela era com ele que passava minhas noites.
Não saíamos muito, devido às dificuldades financeiras. Ele vivia de mesada e não era um tipo que pudesse chamar de “trabalhador”, sendo acomodado o suficiente para viver as custas de sua genitora.
Embora gostasse quando transávamos, eu achava que em determinados momentos ele era muito narcisista, o que impedia que a relação fluísse normalmente. Estava sempre preocupado em mostrar-me algo que não era, fazendo caras e bocas, agindo de uma forma que não era natural.
Tornou-se meu grande amigo quando, em meados de dezembro, voltei com meu ex-namorado, quando ligou-me para saber notícias do estado de saúde de minha mãe. Naquele momento percebi o quanto era legal, pois entendeu a situação sem fazer maiores escândalos, e dizendo que torcia pela minha felicidade de uma maneira sincera.
ENCONTRO CASUAL
Era maio quando, por volta das dez horas da noite, voltando para casa de minha irmã, o encontrei na padaria da esquina bebendo cerveja sozinho.
Como sempre, vivia as turras com meu namorado, brigando sempre e fazendo as pazes posteriormente. Naquele dia não havíamos brigado, mas como não estávamos mais morando juntos – morávamos em Itaipu, mas devido ao custo e por ele estar desempregado, voltei a morar com minha irmã e ele com sua mãe – dormia diariamente em casa.
Quando parei na padaria para cumprimenta-lo, como sempre fazia, ele chamou-me para tomar cerveja em sua companhia. Depois de algum tempo convidou-me para ir para sua casa. Pensei: “A ocasião faz o ladrão. Vou comer esse garoto hoje!”. Compramos umas garrafas de cerveja para tomarmos no caminho – era longo! – e começamos a caminhar.
Ele continuava gentil e amável. Foi um grande amigo durante a enfermidade de minha mãe e mostrava-se ainda uma pessoa agradável.
Sua mãe estava acordada e falei brevemente com ela, indo logo após para o seu quarto.
UMA NOITE DIFERENTE
Naquela noite ele mostrou-se muito interessado no meu corpo e em determinado momento – entre nossas carícias, ainda vestidos – que eu fosse, naquela noite, sua esposa.
Achei estranho e sempre preferi ser uma puta na cama a uma esposa comportada, mas mesmo assim, aceitei a proposta. Nesse momento ele levantou-se de foi até a cômoda próxima à varanda e tirou da gaveta uma roupa branca e desdobrou-a, mostrando-me um pequeno baby-doll rendado, semitransparente e uma calcinha também rendada.
- Eu queria que você botasse essa roupa.
Mostrei-me reticente, pois nunca gostei desse tipo de coisa – sempre achei minhas pernas muito finas – mas ele insistiu e acabei cedendo. Fui até o banheiro e vesti-me. Quando saí, o quarto estava à meia-luz com ele deitado na cama somente de sunga – ele não usava cueca, mas sim sunga, sempre! – e sentei-me ao seu lado.
Começamos a nos beijar e trocar carícias. Suas mãos apertavam meus mamilos já intumescidos fazendo-me gemer de prazer. Por vezes beijava minha nuca e eu passava minha mão levemente sobre seu membro ainda adormecido.
Depois de alguns instantes percebi que seu pau não respondia aos meus carinhos como das vezes anteriores. Quando ele percebeu que eu esforçava-me ao máximo e mesmo assim não obtinha resposta, iniciou um papo para tentar excitar-se. Começou perguntando o que eu achava de transar com ele em companhia de um outro homem. Entrei no jogo e dizia que seria ótimo e coisa e tal, falando também bastante coisas safadas para tentar enrijecer aquela pica semimorta.
Ficou então fazendo referências ao amigo que havia conhecido em nosso primeiro encontro, e dei vazão a suas fantasias respondendo afirmativamente.
Em determinado momento ele virou-se de bruços e começou a esfregar-se em minha perna com sua bunda. Até aí achava normal e estava até gostando. Seu membro começou a dar sinais de vida e deixei rolar. Quando ele esticou-se e pegou um frasco de desodorante AXE, comecei a achar estranho aquilo.
- Bota isso aqui na minha bunda! – disse ainda de bruços, com o rosto virado em minha direção. Fiquei desnorteada.
Ora, conhecia o cara há um bom tempo. Sem mais nem menos, essa pica mole e esse papo de amiguinho. Agora isso, um frasco de desodorante no rabo!!! Onde ia parar essa noite, me perguntei quando ele notou a minha cara pouco usual. Tentei argumentar.
- Como é que vou fazer isso? – perguntei já com o frasco na mão mas ainda não acreditando direito naquela insólita situação. Ele estava com uma cara meio imbecil mas bastante excitado.
- Faz o que você quiser... Agora sou todo seu... – dizia daquele jeito narcisista que já conhecia. Cada vez mais achava uma situação estranha e por pouco não caí na gargalhada. Ele continuava: - Você irá me dominar! Quero ser dominado!
Não tinha outro jeito. Estava ali com aquele desodorante na mão, com o cara doido de tesão dizendo que queria ser dominado e não achei certo deixa-lo daquele jeito. Mandei brasa. Não sabia como ia fazer no início e ele ajudou-me com sua mão, enfiando mais forte o frasco no seu rabo.
Ele enlouqueceu de prazer e sua piroca parecia uma pedra. Quando o frasco estava totalmente cravado no seu cú comecei fazer um vai-e-vem e ele não demorou muito para gozar de maneira sobrenatural.
Ai vem aquele momento que o sujeito não sabe como se comportar. Eu tinha achado aquilo horrível, ficando completamente sem tesão. Ele ainda estava ofegante com sua bunda virada em minha direção e eu sem saber o que fazer com a porra do desodorante em minha mão. Tinha vontade de sumir e nem mesmo ir embora podia, pois já era bem tarde.
- Vamos dar uma descansada? Dormir um pouco? – perguntou com os olhinhos brilhando de satisfação.
Que cena ridícula, pensava. – Claro! – disse para acabar logo com aquela situação desconfortável.
Deitamos lado a lado e com sua mão sobre meu ombro dormiu antes de mim. Olhava para a varanda e as montanhas que podia ver iluminadas pela lua eram as únicas testemunhas dessa viadagem inesperada. Que loucura!!!, refletia naquela noite. Não demorou muito e peguei no sono