Em um passeio pelas ruas da Lapa,
em São Paulo, colhendo material para uma pesquisa,
és que de repente, estavamos enfrente a uma igreja, era uma tarde de sábado, as noivas chegavam de toda á parte, em carros luxuosos,
parentes e amigos impecáveis,
a noiva nervosa chorava, sua irmã ajeitava seu lindo vestido, pisando por cima da calda,
os convidados incrivelmente bem vestidos,
nunca em minha vida eu tinha visto cerimonia tão bela, o figurino da noiva era como a que eu já tinha visto em filmes, mas a noiva... Coitada!
Estava eu do outro lado da rua, parada, olhando
o movimento a performance de todos enfrente
o templo sagrado, todos emocionados,
e o dama de de honra que era um garotinho,
tinha uma ferida na cabeça,
por isso teve que usar um chapéu, só que esqueceram-se do chapéu e tomaram enprestado de alguém que alí estava, não se sabe quem era o dono do chapéu, uma alma caridosa que veio para salvar aquele momento.
Então entra eu na historia! Com meu sapatinho velhinho, furadinho, calça rasgada e blusa sem
fazer a barra toda desfiada as mangas uma curta e a outra comprida,
e meus téréré, nos cabelos,
resolvi me convidar, para este casamento,
DETALHE- não conhecia ninguém,
fui entrei e fiquei,
uma das irmãs da noiva nem quis saber quem era eu e me abraçou, dizia ela,
olha como minha irmã esta linda,
então eu disse pra ela calma.
Meu amigo ainda bem mal vestido do que eu;
éramos o centro das atenções.
Sabem, eu queria ter ido ao grande banquete,
mas não tinha vaga no carro deles...
CONTO VERDADEIRO.