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Contos-->TRÊS CONTOS: DESCULPAS; ADEUS; SAIDERA -- 16/11/2004 - 21:17 (Antonius) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESCULPAS

Figurava entre as mais elegantes da noite; linda sempre foi, mas naquela festa irradiava-se em preto e salto alto. Os cabelos loiros, compridos, soltos, macios. Brilhava a bela Deuza.

Em cada passo, levava todos os elogios dos homens que a seguiam em olhares desejosos; os olhares femininos a seguiam em despeitos e ciúmes.

Quando a festa ia já pela metade ela foi retocar a maquiagem. Ato religioso imposto pela vaidade, mesmo para as mais belas; mesmo os mais belos e sedutores lábios crêem-se necessários de um brilho a mais.

Os cúpidos e os despeitados olhares, obviamente a seguiram naquele passeio ao toalete. Lena foi mais além de apenas a seguir com os olhos; queria olhar nos olhos dela a sós; e queria que ela olhasse nos seus. Queria se fazer presente diante daquela que reinava na noite e que poderia ter qualquer um, mas parecia desejar seu marido.

Foi até a bela; e foi direta:
- Deixa meu marido em paz!
- Não quero nada com seu marido. - Respondeu segura e tranqüila a deusa.

- Não é o que parece. Você pensa que sou idiota? - Lena falou tentando manter um mínimo de calma e não se demonstrar insegura. Se, é que um ato de ciúme explícito dá para convencer alguém que se está com domínio da situação.

- Você é linda, Lena. Deveria ser mais senhora de si. - Calma, muita calma, Deuza passou na resposta. Isto irritou Lena de forma que quase ela lhe deu uma bofetada. Mas a enciumada se segurou e disse irônica:
- Você é muito cínica mesma! Somente não meto a mão na sua cara em respeito aos Srs. Velásquez.

- Lena, não quero nada com seu marido. Já disse e repito que ...
Antes de completar a fala, Lena a interrompeu irritada:

- Cala a boca, vagabunda! Cínica! Sem vergonha! Se você voltar a assediar meu marido eu não vou responder por mim. - Lena, mal terminou a frase, virou-se rumo à porta.

Quando Lena ia cruzar a porta, Deuza a chamou.
- Lena! Espera!
- O que você quer? Que eu lhe meta a mão na cara aqui mesmo?
- Calma, Lena. Não quero nada com seu marido. É verdade, pode acreditar. Estou sempre próximo de vocês, não por ele, mas por você. Perdoe-me se não posso conter meus sentimentos.

Lena a olhou por alguns segundos, olho no olho, e saiu do toalete sem saber o que fazer, como reagir. Alegando indisposição disse ao marido que queria ir embora.


OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO


ADEUS

O coração ao se deparar ante o desafio pareceu não mais bater. Não, não batia; tremia. Olhou fixo para o abismo a cruzar e calou a última batida serena. Deu um passo com destino ao vôo, mas não teve forças para se lançar rumo ao desconhecido; temeu não ter asas fortes o suficiente para a fuga; tremeu.

O momento era crítico. Sentindo-se deserdado das próprias forças clamou socorro à mente.

A mente em suas reflexões; em seus equilíbrios e desequilíbrios; em sua audácia, em sua arrogância bradou: sê valente, pois você não está sozinho; tens a mim que por vezes perco-me nas estradas da coerência, mas jamais fui omisso; jamais o deixei.

Vai! Lança-nos ao desconhecido; lance-nos sem temor, pois a coragem será as forças de nossas asas.

A mente calou; o coração voou.
O infinito é o destino.


OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO


SAIDERA

Passei diante do Bar Baros e não pude deixar de ir até lá tomar uma. Lotado como sempre. Sempre havia ali alguns amigos, mas senão houvesse.. o que importa? De gole em gole novos amigos se faz.

E não deu outra, embora não encontrasse nenhuma cara conhecida, além das amigas engarrafadas que se achegam em copos, passei ali algumas horas. Expressei-me da maneira que pude: ora meu lado empoeirado se sobressaia; ora meu lado sutil. Ali me deixei ficar.

Mas, outros lances da vida urgiam atenção redobrada, então me despedi dos que ali estavam e me fui, mas não sem antes tomar a última.

- Saúde! - Brindei.
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