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Contos-->memórias de Lolita(4) -- 30/11/2004 - 21:42 (elvira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Passou alguém, uma sombra, sob um aspecto cansado, cumprimentou –a: Bom dia! Aí não vive ninguém há dois anos.
- Mas…pareceu-me ver alguém.
- Fantasmas. Virou costas depois de ter dirigido um olhar macerado a Lolita.
- Como? Não acredito em fantasmas, senhora. Mas a mulher cinza já se distanciara.
- Esta é boa! Mas que me interessa isto? Vim para cá para me despedir do mundo e estou a envolver-me de novo. O perfume das rosas roía-lhe a curiosidade. Nunca o quisera ser, ela, curiosa? Não, definitivamente!
No salão, sentou-se e escrevinhou mais umas frases, sugestionadas pelo que findara de vivenciar. Gostava do manuscrito, apesar da tecnologia que tinha ao seu dispor. Deixou-se envolver pelas histórias que começara a redigir há sensivelmente um ano. Tratava-se de uma crónica de costumes, ou talvez um ensaio crítico, subtilmente mordaz. De quando em vez, destilava um linguarejar viperino que lhe fornecia um equilíbrio, porque a tornava poderosa. Nunca fazia crítica a um ser humildemente inferior, não, abominava quem risse de tais seres e lutava contra esse tipo de pessoas que humilham quem quer que seja, que usam a maledicência como suporte de vida. Agora aos vaidosos, mas vazios de carácter, ela captava com ganas as suas fraquezas e parodiava, rebentando-os, como se fossem o Judas a arder no Sábado Aleluia. Ria com a distribuição de episódios picarescos, uns reais outros realmente imaginados baseados, em realidades pontuais. Gostava de ler o que escrevia, pois divertia-se e transformava-se em escrevente e leitora. Saia de si e era extremamente exigente com a escrevente. Porém, vezes havia que ria com choro daquilo que descrevia. Leu o episódio da visita ao Tesouro da Catedral e o pseudo-guia (porque parecia retirado de um lagar de vinho a martelo), o senhor Simões Vidraceiro ao indicar os três Reis Magos, apresentou -os como os Três Pastorinhos e chamou ao estilo Bizantino, estilo brilhantino. Chorou até às lágrimas, de tanto rir. Assim, ia a cultura do nosso país há uma arroba de anos. E os Holandeses e Ingleses que o ouviam e nada entendiam, ao ver tanto rir, sorriam, admirando as maravilhas/asneirolas que o Simões vomitava num pigarrear, sobre a famosa Sé. Traduzir? Não, seria uma ofensa à Língua de Camões! Era, então, assim que ficava: Brilhantino.- Yes, oh yes, very interesting. Valeu aquela manhã, quando depois de uma viagem a Paris, chegou com vontade de tudo conhecer e dar a conhecer ao Zé! Ainda iam tendo uma congestão de tanto riso!
Vontade de dizer-lhe que era o homem mais belo do mundo…que era a sua raiz, a sua alma gémea, o ponto fulcral da sua existência…porém, o tempo, tudo apagara, mas porque aquela dor? Lembrança corrói…por isso, viveu aquela primavera da vida, só faltou andar com ele ao colo. De repente lembrou-se daquela música brasileira, estilo pimba”tou nem aí, tou nem aí”, já não recordava o nome…
Deitava-se a sonhar que um dia viveriam a sua história de amor, parecia piegas…mas era amor! Agora, com ambos predestinavam, estava só…como sempre quis…
(Continua!!!)
Beijocas
Elvira:)
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