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Contos-->Duas Japonesinhas Sapecas -- 14/07/2002 - 10:35 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Conto impróprio para menores






Duas japonezinhas sapecas









Como minha imaginação costuma criar coisas absurdas e bizarras vocês podem pensar que o que eu vou relatar é mais um texto criado por ela, que por muitos deve ser considerada um tanto doentia e obscena.
Não o fato que vou narrar foi real.
Eu estava presente entre as pessoas que palravam na liberdade de uma praça em uma tarde de verão.
Fui um dos que quase se mijou de tanto rir do acontecido.
Só o Alfredo, O rapaz que protagonizou o fato, sentiu-se desesperado, humilhado, ultrajado e mais todo o adjetivo que couber para se referir a uma pessoa tão aviltada.

Foi lá pelas 16 horas numa tarde de sexta feira.
Aconteceu no ano de 1998, não me lembro o mês mas foi entre maio e agosto, pois era verão aqui no Japão.
Como havia uma crise trabalhista muito forte nessa época estávamos sentados em um banco de uma praça, pelo chão e alguns mesmo de pé a conversar sobre o problema.
Comentávamos sobre nossas esperanças e falavamos sobre nossos problemas e de nossas saudades, pois eramos ao todo quase uma duzia de brasileiros desempregados e desesperados que não viam um caminho a não ser a espera e a esperança de uma melhora na situação atual.
Afinal, estavamos do outro lado do mundo a uma grande distância das pessoas que nos amavam e que poderiam servir de ajuda numa hora como essa.
Era desesperadora, deprimente, causadora de ansiedades e medo a situação de todos os que estavam ali naquela tarde.
Só o que aconteceu a seguir, poderia alterar os sentimentos e fazer-nos esquecer por algum tempo os nossos problemas.
Encher-nos de hilaridade sem restrições.
Bem, para quase todos, pois o Alfredo foi o cristo cruxificado para ocorrer a mudança que houve naquele momento na alma dos companheiros.

Na ponta da praça, apareceram duas adolescentes japonesas rodando sobre as rodas de suas bicicletas.
Pareciam duas princesas orientais cortando a brisa calma que batia em suas faces e que junto aos fracos raios de sol do entardecer refletiam inocência naqueles rostos de estudantes.
Eram duas meninas bonitas na faixa de seu 16 a 17 anos.
Pernas lindas. Ao pedalar, suas saias do uniforme escolar, que costumavam enrolar no coes até a barra atingir a segunda metade das coxas, subiam e desciam em meio aquele pedalar com as pernas abertas.
Mostravam as calçinhas descaradamente, não sei dizer se, como provocação ou se talvez fose uma coisa natural para elas.
Eram de fato, o que todo homem considera, duas meninas gostosas.
De repente ninguém mais reclamava.
Todos calados olhavam, alguns disfarçando outros ainda com descaração e cheios de luxúria exposta através do olhar.
Elas passaram por nós, lançaram olhares de soslaio dados por duas meninas sapecas e foram-se pedalando ainda mais vagarosamente.
E todos acompanharam o passar das duas meninas com seus olhares cheios de desejos, cobiça, luxúria e sonhos escandalizantes.
A conversa então retornou com o primeiro comentário que surgiu, só que agora passou a ser uma conversa normal entre homens.
Conversa normal, sempre que há uma porção de homens e o assunto é mulher:

- Meu Deus, como são gostosas essas menininhas!
- Que dois pares de coxas mais divinos. Aquela mais gordinha deve ter uma "xota" deliciosa.
- Seria maravilhoso fazer uma suruba com as duas, rebateu um terceiro.

E o assunto passou a vulgaridade de exclamações obcenas dadas abertamente sempre que vários homens estão reunidos ociosamente.
Os comentários não cessaram, mas diminuiram e tornaram-se quase sussurros, quando um de nós, não me lembro quem, comentou:

- Olha, as duas estão voltando.

Todos olharam e viram que elas contornaram o último canteiro, lá na ponta da praça, e voltavam pedalando ainda mais calmamente a retornar pelo caminho percorrido.
Passaram por nós novamente e o Alfredo, um rapaz simpático - o único entre nós que falava o nihongo com clareza - dirigiu algumas palavras a elas que foram respondidas.
Ele caminhou para elas e entre sorrisos e brincadeiras os três se dirigiram para a ponta da praça.
Lá, havia uma vegetação serrada e uma das meninas ficou na beira do caminho enquanto o Alfredo e a outra delas desapareceram atrás dos arbustos.
Entre o pessopal reunido na praça, que observava invejosamente, começaram os comentários:

- Que sorte, meu. O filho da puta do Alfredo vai comer a japonesinha.
- Sorte nada, se eu falasse nihongo comia também. Essas japinhas são doidas por um "pinto" de brasileiro.

E os comentários maldosos e cheios de inveja foram interrompidos quando a japonesinha que havia ficado de tocaia, correu para as bicicletas que haviam deixado bem perto.
Atrás dela, erguendo as calcinhas enquanto corriam, a garota que havia ido para trás das moitas com o Alfredo vinha gargalhando desesperadamente.
Subiram em suas bicicletas e, dando gargalhadas sonoras, sairam em uma desabalada carreira.
O Alfredo saiu de trás das moitas com o cabelo escorrendo e a cara toda molhada, gritando com raiva:

- Suas vagabundas, filhas da puta.
- Eu mato vocês suas vacas.

E todo mundo começou a rir da cena. As gargalhadas aumentaram quando o Alfredo se aproximou da turma e desesperado, cheio de raiva e vergonha, falou o que tinha acontecido:

- Dei uma cantada nelas e uma ficou vigiando enquanto a outra trepava comigo.
- A japinha tirou as calcinhas, abriu as pernas e pediu que eu ajoelhasse e chupasse a "xota" dela.
- Quando eu meti a língua naquela vaca ela deu uma puta mijada na minha cara.

Ninguém mais sentia inveja e também não havia pena do pobre Alfredo que havia sido tão humilhado e ridicularizado.
Era só gargalhadas e todo mundo tirando sarro do pobre coitado.
Pobre Alfredo, a japinha mijou na cara dele e ele ainda teve de pagar o mico de agüentar uma duzia de brasileiros caçoando dele.
No outro dia o Alfredo não apareceu na praça.
Ele nunca mais foi visto na cidade de Oizumi.




CARLOS CUNHA:produções visuais








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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites

dacunha_jp@yahoo.com.br










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