A triste estória do P@uzinho!
O moço de quem vou falar – um ser fictício, mas infelizmente que existe em toda comunidade literária - é bastante estudado, a gente percebe isso quando lê algo que foi por ele escrito, só que o conteúdo dos textos que publica é diminuído pelo preconceito e a arrogância que transmite nas palavras que escreve. Ele julga-se um intelectual e acha que é um ser letrado, superior aos pobres escrevinhadores que o cercam.
É comum que ache banal e vulgar uma leitura, quando lê o que foi escrito por outra pessoa, e quando escreve algo usa frases rebuscadas e palavras difíceis, querendo mostrar sua intelectualidade superior, mesmo que elas sejam por bem poucos leitores entendidas. Acha também que tem um censo crítico bastante apurado e se considera capaz de julgar o valor literário de uma poesia, só que sua mente fechada se preocupa com a métrica e outros detalhes técnicos, com que ela foi montada, deixando de ver e sentir os valores e sentimentos que o poeta que a escreveu tenta transmitir.
Ele já teve a idéia de adotar um nome bem pomposo e adequado, que o destacasse e combinasse com a sua posição de grande autor intelectual, mas a deixou pra lá porque achou que era bobagem e pensou:
“Por que vou deixar de assinar meus trabalhos como Pauzinho, se assim sou conhecido e aceito por aqueles que são iguais a mim, e fazê-lo como? Passarei a ser o “Pauzão Sem Limites”! Essa é uma idéia idiota que somente os autores inferiores podem conceber. Vou continuar assinando o que escrevo como Pauzinho, só que trocarei o “a” por “@”, e ai sempre que alguém ler algo por mim escrito saberá que não está assinado por um Pauzinho qualquer, mas por mim, o Pauzinho Arrobado. De hoje em diante deixarei de ser somente o Pauzinho e passarei a ser o P@uzinho”.
Nessa hora sua própria consciência deu uma gargalhada sonora e irônica, mas sua enorme arrogância não permitiu que ele percebesse...
Esse tal de P@uzinho tinha muita raiva de certo poeta, desde que viu o trabalho dele pela primeira vez. Leu alguns poemas por ele escritos e os desprezou, enchendo-os de defeitos como lhe era costume fazer com tudo aquilo que não tinha sido escrito por ele, só que a razão da imensa raiva que sentia do poeta era porque ele costumava colocar fotos sensuais de belas mulheres, para realçar a publicação das poesias eróticas que escrevia, e elas apesar de serem de lindas e deliciosas mulheres nuas deixavam bem claras sua incapacidade sexual, pois desejo algum sentia ao olhá-las, além de nessa hora ser atacado por uma enorme coceira no rabo que o incomodava muito...
Tadinho do P@uzinho! Tão metido a intelectual e cheio de cultura, mas broxa e arrogante... rsssss
CARLOS CUNHA : texto e produção visual
CARLOS CUNHA / o poeta sem limites
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