Oi! Tudo bem? Hoje eu sonhei com você...
Ah! Foi demais...
Quer saber?
Ah! Vou lhe contar.
Sonhei que andávamos pelos campos debaixo de um grande sol, e que sobre nós caía uma chuva bem fina, e que por detrás dos montes dava para ver um lindo arco-iris.
Era um dia de uma paz encantadora, você e eu, somente eu e você. O mundo parecia parado, pois não conseguiamos ver mais ninguém a não ser nós mesmos.
Ah como a felicidade é passageira, e dentro dela éramos um grande quadro pintado que ficou pendurado na parede como boa recordação.
Bom, pelo menos nesse dia vivemos o que tínhamos para viver... Não éramos dois, apenas, éramos um.
Corroboramos o que desejavamos um pelo outro, com maturidade, sabendo que não podíamos viver aquele dia eternamente, mas, que viveríamos aquele pequeno momento e guardaríamos um segredo eterno.
O segredo é lógico, continua segredo, porque a revelação nunca será permitida...
Apesar da vida nos proporcionar um encontro tão generoso, ao mesmo tempo a vida suspirava por mais...
Nos campos desertos onde só se encontrava nós dois, quebramos a chave e jogamos o segredo sem olhar para trás, justamente para que: mesmo que quiséssemos voltar, nem nós nem outra pessoa consegueria encontrar nem desvendar.
Só sei que os momentos vividos jamais outra pessoa poderia viver por nós. Não se culpe nem me culpe, pois quem não vive a vida sem viver o seu eu, a vida não é capaz de ser compensadora.
O medo, ah! O medo sempre foi atrapalhador daqueles que não têm coragem de realmente viver nem que seja um pequeno segredo eterno.
Jamais vivi esse sonho querendo lhe atrapalhar nem me atrapalhar, porque nós somos proíbidos, e proíbidos nossos olhares e nossas bocas suplicaram por viver esse único e eterno sonho.
Só sei que foi bom demais, e que suplicavamos por mais...
Quero lhe contar mais uma vez: o sonho foi único, e o segredo é eterno.