Os dirigentes chegaram na sala no horário marcado, como a praxe de sua disciplina militar determinava. O maior e mais sério examinou os relatórios com sobriedade absoluta e assustadora. Com a cara e focinho fechados, bufou de descontentamento. Depois quis saber dos demais o que havia acontecido com o que eles chamavam de “aberração”.
Inúmeros argumentos e explicações foram dados, mas nenhum com um mínimo de satisfação. O maior e mais sério, provavelmente o chefe de todos, balançava negativamente a cabeça e aos poucos sua irritação aumentava conforme ia virando as páginas.
Depois de tomar um copo de água, olhou fixamente para os dirigentes e com tom ameaçador exigiu a recaptura da “aberração”. Também ordenou que não a matassem, mas que tirassem todas as informações dela, por bem ou por mal.
Ao final da reunião, saíram em silêncio da sala. Um a um. Ficou naquele mausoléu de cafajestes uma sensação de desgraça e destempero, uma sensação aterradora de que algo muito grave iria acontecer.