“Nem sempre um certo alguém é o alguém certo”.
Esta frase copiei de um comentário num site sobre um conto que eu publiquei e quero agradecer ao André, pois darei título a este novo conto.
“Página preenchida...
Ela sobreviveu, respirou fundo e encontrou o ar novamente. Quase se sufocou com tanta promessa de um amor real que começou no virtual e se fez nuvem, desabou em um temporal... Inundou o chão do seu caminho e só restou o ar de uma atmosfera pesada. Nessa busca do inexplicável viu fronteiras, obstáculos, barreiras, foi difícil, não conseguia entender com sabedoria o que era preciso para removê-las até que as luzes do entendimento e da compreensão se fizeram nítidas e cheias de esplendor... Esta história é de uma escritora que numa fase de sua vida, quase enlouqueceu, visto estar em êxtase constante porque no palco da vida o personagem muitas vezes aclamado acabou fazendo parte da sua própria história, mas não podia julgar ser real. Ela imaginou se encontrar com o amor que vislumbrava em seus sonhos e parecia tão convincente a performance do personagem que se misturavam sonhos com sua realidade. Cujo título bem providencial de uma de suas obras “Almas gemas com suas diferenças...”, trazia uma lembrança de vidas passadas e por ela projetadas na vida real, pois vivia se perguntando: “onde está o meu verdadeiro amor?” E para compor o enredo dessa história organizou sua equipe saiu em cirandas, caravanas e grupos afins para encontrar meios de achá-lo, sem saber que o verdadeiro amor era aquele, justamente ali ao seu lado que como amigo lhe apresentava.
Em seu entendimento o amor estava distante, existia o fazer o bem, mas amar mesmo como ensina os mandamentos de Deus, ainda não tinha tido o prazer desse discernimento.
Foi quando aconteceu o seu despertar e vivia se perguntando: se não encontrarmos o amor em nós mesmos em primeiro lugar, nunca o encontraremos em lugar nenhum, porque não se pode encontrar aquilo que não sabemos definir o que seja. E suas atividades ficaram voltadas para uma revolução espiritual, atendendo ao chamado da providência divina que se apressou de dirimir as dúvidas encontradas no seu caminho e acertou os ponteiros de sua jornada nesta vida. Sua evolução se daria com todo esse crescimento e verdades adquiridas, mostrando-lhe que a vida é muito mais do que meramente um ato de nascer, crescer e morrer. Há uma evolução a ser conquistada e com determinação se torna possível a realização dos sonhos. E assim diziaela: Às vezes, por não estarmos atentos aos sinais passamos à vida toda sem nem chegarmos perto do que seria o nosso verdadeiro amor, e enquanto não conquistamos esse estado de plenitude com nossa alma gêmea, vamos nesse aprendizado trocando afetividade com os falsos amores, que vestem roupagem de ternura para nos enfeitiçar e depois de enfeitiçados todos nós sonhadores, nos envolvemos em provações, porque também temos esse procedimento por falta de afinidades. E para que esse contexto fosse bem focalizado instruía sua equipe, com um aprendizado real. E uma de suas falas era tão eloqüente que também dizia: _ Daí o nosso cuidado de não perdermos nossa dignidade, que é a mola principal de todo ser humano em formação do amor por si mesmo. Dito por ela própria se conscientizava do real valor do amor:
Casada e separada de corpos argumentava que “Todo começo de um romance tem uma verdade implícita que quase sempre não queremos ver, mas que precisamos atentar para que atinja a direção dos objetivos a serem alcançados, por nós em busca dos traços eternos de vidas passadas advindos do verdadeiro amor. E onde minha história começou, era onde deveria ter terminado, parecia uma arena de Propostas “indecisas” visto que nada se comparava com uma busca real. Adentrei-me nessa busca do amor pelas portas dos fundos, onde eu não era convidada para a ceia principal e que deveria ter sido a minha saída, visto estar perigosamente sendo vítima de um grande mal _ o mal do desamor. Porém, a vida me pregou mais uma daquelas peças tão costumeiras diriam alguns e tão desavisada eu estava que até hoje não sei como tudo começou e porque fui protagonista dessa história, se ela não tinha sido escrita pra mim........e não era eu que deveria estar fazendo este papel. ... Já havia uma protagonista principal. O início de nosso encontro já começou errado, e nem percebemos que a nossa inobservância nas situações em que os pormenores desencontrados e mal resolvidos estavam nos alertando de tal fato que mais tarde, justamente nos tempos atuais, iríamos deparar com os erros cometidos pelo nosso próprio livre-arbítrio que pela culpa dos atos cometidos outrora, hoje nos infelicita a convivência que poderia ser mais feliz. Não sei se devia estar falando tudo isso agora, se haverá volta, se terá repercussão “esse meu grito de alerta”, querendo deixar bem esclarecido que eu tentei fazer o melhor e se não consegui, quem sabe um dia eu possa estar escrevendo como tantas outras que tiveram um final bem feliz!
Meu propósito hoje é encontrar a felicidade, acredito que ela existe ainda neste mundo, mas não sei qual o caminho, mesmo cheio de luz, porque o óbvio me é difícil conceber e quanto mais simples se parece mais difícil me apresenta, tendo em minha existência só indecisos, conflitos e enigmáticos fatores de desesperanças, que nisso tenho razão, quando não quero me afastar e presos à suposta afirmação de uma amizade eterna vou galgando os espaços que o presente me permite para que sejam páginas preenchidas na razão de minhas vidas em um futuro promissor, ainda não muito consciente, mas menos desacreditado.
Vivo a me perguntar: _ “estarei certa ou errada, nesta minha premunição”?
_ Só a Deus pertence tal designo e vamos nós seguindo “a procissão de sempre, porque atrás vem vindo muita gente que assim como eu estão em busca de suas almas gêmeas, existindo ou não essa busca só cessará na razão contida do encontro de duas almas afins mesmo com suas diferenças”... Serei obediente em minha missão de amor e que o aprendizado que ora se faz sentir me oriente para o caminho da luz sempre tendo como Guia o Mestre dos Mestres Jesus. Minha alma gêmea perdoe-me se não consegui fazê-la feliz, pois não sei se nos encontraremos de novo nesta vida, se dependesse só de mim eu escreveria essa história de amor para ter um final feliz, espero que você entenda, que em contrapartida nem sempre sou a autora de minhas verdadeiras histórias e quando sou escolhida para protagonista e direção, quero fazer o melhor e também, têm os demais instrutores me orientando. Neste contexto me decepcio com nosso papel quando à direção assumida por mim não condiz com a programação de um final feliz, porque no enredo estou imbuída de tanta euforia e êxtase com as partes envolvidas que esqueço do principal: “existe a razão da vida eterna e o show continua”.
Neste contexto a sua história foi escrita, porque mesmo sem talento, sua perseverança lhe provou que era capaz de chegar a um final feliz que se daria senão nesta vida, com toda convicção na vida eterna.
gABRIELAgABI, EM 12.12.2005 (14h55min)