Diante da beleza do cenário, repleto de cores e sons e gente, lancei-me a nado. Quanto mais braçadas eu dava, mais longe porém mais atraente me parecia o destino. Gastei longos anos nesta empreitada. Meus braços perderam a força, meus cabelos de negros, níveos ficaram. Olhos sem brilho trancaram a alma para sempre no peito. Não havia jeito eu me petrificara a esperança, enquanto CHEGAR tornara-se obsessão. Criança, ceguei meu medo. Quando enfim CHEGUEI, vi músculos no lugar da carne, que mais nados travariam, meu corpo feito de aço, caso mais houvesse onde CHEGAR. Quando CHEGUEI, ao querer tocar o solo, rasguei com meus pés molhados e exaustos uma fotografia.