Interessante como somos nós...
Acomodados pela própria observância de manter o equilíbrio, e estigmatizados pela constante espionagem da arrogância que não nos deixa, somos levados a compactuar com atos inaceitáveis.
Inoperantes somos nós, porque esgueiramos-nos quando temos que combater, e terminamos adormecendo na guerra.
Fechamos nossos olhos bem em cima das brasas que estão debaixo das cinzas que parecem mortas...
É exacerbado saber que queremos ser donos de tudo quando nada nos pertencem. Porque tudo o que existe veio da luta; daqueles que lá fora confiam em nós e contribui pensando no bem estar de um todo, quando não conhecem que dentro da exatidão a exaustão adoece a alma extirpando daqueles o coração que ora bate.
Não se iluda, porque cada um fará a sua parte no momento certo correndo a favor ou não, mas não deixaremos de fazer a nossa parte.
Nada já não é do mesmo jeito de quando entramos, sentamos e encontramos uma realidade que nada tem a ver com união ou irmandade.
É outro mundo que precisamos ainda conhecer melhor, e na medida que formos avançando a nossa contribuição será dada na lapidação de um mundo melhor.
Somos tomados por um êxtase que muda nosso comportamento e a nossa cara, e o encanto sobe a cabeça enfeitiçando-nos, promovendo muitas vezes a covardia que nos absorve.
Não há dúvidas que as nuvens negras escurecem o caminho, e geram desequilíbrios no seio da humanidade.
Os homens a cada dia se digladiam, se matam, e morrem. O poder, a força, a obsessão, crucifixa-os.
A coroa brilha na cabeça do rei que sabe governar com equilíbrio e equidade, porém, a coroa na cabeça do mal governante virará a taça da paz e, sangue inocente será derramado sem piedade.
É por isso que a coroa requer ordem, simplicidade e determinação.
Nada é impossível...
O espírito de amizade que continua entre nós é inquebrantável. Permaneçamos unidos, porque esse é o nosso objetivo maior.
O impossível é pensar que nada podemos fazer, onde a ilusão é apenas uma quimera na cabeça daqueles que querem nos devorar.
Não se iludam, estamos a postos. Não nos desprezem, porque as dores que há em nossos peitos nos fazem cada vez mais fortes.
O amor e o dinheiro nos oferecem alegrias, mas as formas de trabalho dos dois são totalmente adversas.
O universo é perpetuado, a construção da noite e do dia são conseqüências de longas batalhas.
Quão difícil é ouvirmos a nossa própria voz...
E no meio a multidão, muitos parecem estar alheios a tudo.
Nada vai me impedir de falar das minhas dores, dos meus assombros, e dos meus dissabores. Nada obsta que eu faça o bem ou o mal. Tudo está para ser consumado.
As cores se misturam vivas, mas à noite e o dia não querem se abraçar.