- Oi.
- Oi.
- Você é minha cara-metade.
- Ah?! o quê?
- Minha alma-gêmea, a mulher da minha vida...
- Mas... como você sabe?
- Me disseram que quando eu encontrasse o amor de minha vida eu sentiria um frêmito.
- Frêmito?!!
- É, uma espécie de "tchan", li isso nos livros de romance.
- Acho que você enlouqueceu. Um "tchan" é pouco para essa certeza.
- Você não tem procurado o cara certo durante todo esse tempo?
- Bem... sim... acho que todo mund..
- Tchan!! sou eu.
- Às vezes não te dá um sensação de vazio, que tá faltando algo na sua vida?
- Sim... mas...
- Pronto! era eu.
- Mas...
- Você nunca sonhou em achar um cara confiável, sensível, romântico e que lhe dissesse todo o dia que te ama?
- Puxa, como você sabe?
- Oras, esse cara sou eu. Também lhe busquei todos esses anos nos rostos de outras mulheres, e meu coração sempre dizia que não era você.
- Hum... senta aí, vamos conversar...
- Não posso. Estou indo embora.
- Como não pode!!; você não acabou de dizer que é o homem da minha vida?
- Pois é, e você é a mulher da minha vida.
- Então??!!
- Oras, imagine se vou conseguir viver com alguém exatamente igual a mim, que sabe antecipadamente minhas necessidades e que intuirá a todo momento minhas fraquezas e meus mais escondidos segredos. Que já me conhece há milênios e de quebra ainda tem os mesmos sonhos que eu!
- Mas... espere...
- Adeus... minha cara-metade.
- ?