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Contos-->Senhora do Destino -- 09/06/2007 - 19:19 (Maria Lidia D. S. Meireles) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em tempo de fazer anos
E,não mais como antes
Sem comes nem bebes
Sem entra e nem sai
Nem falas esparsas
Nem risos agudos
Desfiles de rendas
De saltos tão altos
Com bicos pontudos
E cabelos tão duros.
De tantos anos fazer
Por tantos atender,
Hoje em minha alforria
Só em minha companhia
Sentada sob os ventos
De pás barulhentas
Vagueio no tempo
Sorrindo a pensar
Em, quando será
Que o fio vai cortar?

Em que hora será
Que ela, tão certa
De mim lembrará?
Brincamos as duas
De esconde- esconde!
Enquanto espero,
Com a tinta na mão,
Co’as letras bailando
Fazendo quadrilha.
São tão graciosas
E sempre jeitosas
Juntas brincamos
De muito falar, e
Histórias contar.
De muito buscar
Não mais a rima
Quiçá redondilha,
Mas sempre o prazer
A muitos dizer:
Como é bom viver!

Curioso sentir alívio
De não mais sofrer
Pelos doces anos
Que vão escoando;
Entender, que é sim
Suave poder envelhecer.
Liberdade se ganha
Depois de muita façanha
Nos fios de uma vida
Torcida e, retorcida.
Impertinente, insolente
Batendo e cobrando
A pedir passagem
Ela aberta ou escondida
Tenta, por sua vez
A mim vender a viagem...
Já se fez minha amiga
Velha, antiga conhecida
Deixo sempre que faça
A sua fatal micagem.

Eis que me vejo
Repleta de histórias,
Com tanta memória,
Descubro tranquila
Que estou cheia de vida!
Com muita alegria
Pelo caminho andado,
Por tudo que me foi dado
Me sei laureada!
Ao rever a jornada
Minha cara senhora
De todo destino,
A você que decide
A hora minha partida,
Eu digo, aquiete!
Ainda me esperam
Algumas venturas, e
Por favor esqueça,
Ao menos um pouco
Agruras, e as desventuras!

Senhora do meu destino
Tão temida e famosa
Será que devo contar,
De meus sonhos falar
A valsa que vou dançar?
Será que você sabe
Que o outono me vem
Tão bem avisar, que
A terra toda convida
De novo a semear?
Uvas maduras colher
Seu suco divino beber
A vinha pro meu elixir
Pro resto do meu existir
Que seja de fino sabor
Que seja repleto de amor
Que fale de mim com calor
Que me leve calma a transpor
O espaço do vinho ao licor!

Lídia Meireles
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