Quando alguém disse para ele que não fosse embora, ficou irritado,mas o homem que o aconselhou estava certo,porque nesta ida nada deu certo : as raízes que o prendiam se depreenderam e ele ficou “solto”.
E solto vagou pelo mundo ,com o coração sem coração,porque nada lhe dava a medida certa,a força , a alegria.Tentou de tudo,de tudo tentou...
Um dia, trazida por um vento forte ,uma folha caiu a seus pés.Ficou então surpreso pelo inusitado (não tinha como compreender ) mas percebeu que aquilo era um sinal,algo diferente,que nunca lhe tinha acontecido.Cismou e cismado lembrou de um conto antigo,que o avô lhe dizia,mostrando sempre a causa das causas!.E deu-se conta que a folha estava longe da árvore, a árvore não segurou , com suas raízes ,a folha que agora o vento trazia.
Cismou e pensou!
Repassou toda sua vida.Descobriu todos os remendos que tinha na alma e enxergou o infinito,naqueles campos sem fim,onde o Sol bate em despedida....
Caramba – pensou – que recado é esse que o Pai do Céu manda agora ,falando da terra?
Durante vinte e um dias pensou naquilo que entrou na sua alma com tanta força,capaz de lhe mostrar remendos e lhe dar um soco nas costas para ir buscar conserto.
E nesse buscar se largou na estrada do pensamento....
No retrocesso que fez em revisão foi ter nas suas raízes e colocando a mão no fundo da terra ,onde a alma tinha nascido, se encontrou:
Renasceu!
Agora ,forte, foi pelos campos a regar sua alma com a melhor terra e a doce água.
E bebeu na Fonte
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*Este texto recebeu o primeiro lugar no Concurso Literário Profa.Dulce da Fonte Abreu,realizado na cidade de Dom Pedrito,Rio Grande do Sul,pela SESMARIA CULTURAL,de Dom Pedrito
