Usina de Letras
Usina de Letras
26 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63225 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10679)
Erótico (13592)
Frases (51743)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4946)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->BICHOS COLORIDOS -- 22/03/2001 - 19:06 (CELIA REGINA BORTOLO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BICHOS COLORIDOS



Quem de nós não tem uma foto, montado num judiado carneiro ou um burrinho colorido?
E quem de nós nunca trocou sucata por um pintinho ou uma codorna colorida?
Eu tenho a foto e troquei um chuveiro queimado pelos pintinhos.
Eram dois. Um verdinho e outro cor-de-rosa.
Ao verde, demos o nome de Chuchu e ao que era cor-de-rosa, Kika.
Esses bichinhos, costumavam morrer logo, mas esses dois estavam crescendo de uma maneira espantosa.
Quase adultos, Kika era enorme e muito carinhosa.
Meu irmão, eterno companheiro, e eu, a chamávamos pelo nome, ela olhava pra trás , pulava do muro onde ficavam observando a rua e lá vinha, correndo, desengonçada por causa do excessivo peso e tamanho. Felizes com a cena, a recompensávamos com algo pra comer. Depois a pegávamos no colo e acariciávamos as penas que já não eram mais cor-de-rosa, mas muito brancas.
Tamanha foi nossa surpresa, quando certa manhã, nossa Kika resolveu nos acordar com seu vozeirão, iniciando assim o seu repertório matinal. Daquele dia em diante, seu nome passou a ser Kiko.
Chuchu por sua vez, não era nada carinhoso. Era muito bravo.
Não abaixava sua crista nem para os cachorros, muito menos para o gato angorá. Só se dava mal às vezes era com a tartaruga, quando pulava em cima dela e só conseguia bicar o seu casco grosso e duro.
Mas, sua vítima preferida, era eu. Não podia me ver, que vinha de asa aberta e bicava onde pudesse alcançar. E eu, correndo e gritando, prometia vingança.
Só minha mãe conseguia pega-lo. Ele só aceitava os carinhos dela. Mas com ela, não poderia contar para tal pretensão.
Um dia, meu irmão e eu, montamos uma armadilha e depois de muitas tentativas, conseguimos captura-lo numa rede. Amarramos os seus pés e passamos uma fita adesiva nos seu bico. Fizemos tudo com muito cuidado para não machucá-lo.
Deu muito trabalho.
O que mais demorou foi o processo de secagem, pois tínhamos que manter as asas abertas para não se grudarem.
Apesar de cansativa, a vingança foi concluída com êxito.
Ah!... nem foi tanta a vingança!!!
Ele ficou bem mais bonito, brilhando com aquela tinta verniz AZUL...

Célia Regina Bortolo
19-03-01

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui