- Em que está pensando?
- Não sei.
- Como não sabe?
- Não sei.
- Você não sabe ou não quer me dizer?
- Não sei.
- Você não confia em mim, não é?
- Não sei.
- Você confia em você mesmo?
- Não sei.
- Você tem medo, não é?
- Não sei.
- Sim, tem medo sim, eu sei.
- Não sei.
- E além de Ter medo eu vejo em você um pouco de fraqueza.
- Não sei.
- Mesmo assim eu gosto de você, sabe?
- Não sei.
- E será que você gosta de mim?
- Não sei.
- Puxa vida, você não tem certeza de nada?
- Não sei.
- Olha, isso já tá começando a ficar chato. Eu pergunto em que você está pensando e aí você diz que não sabe mas algo deve estar se passando na sua cabeça e você não quer me dizer. Eu pergunto se você gosta de mim e você diz que não sabe mas você gosta de mim porque eu sei. Só esse seu “não sei” “não sei” “não sei” é que confunde tudo. Olha, eu sei que você é uma pessoa muito legal e que você vai, por favor, atender a um pedido meu porque você gosta de mim e quando a gente gosta de alguém a gente faz o que outro pede, na medida do possível. E o que eu vou pedir é um coisa muito simples e não vai lhe custar nada. E eu sei que você sabe que não custa nada fazer a felicidade do outro. Então eu fazer um pequeno pedido para você e aí eu vou querer um resposta sincera e do fundo do coração e que não seja “não sei”, certo? Bem, acho que você entendeu, então lá vai: Vamos tomar um sorvete?
- Vamos.