O escorpião estava faminto. Não havia comida por perto do local onde se encontrava, e partiu à cata de algo para alimentar-se. No caminho perseguiu uma aranha que, ao sentir o perigo, fugiu em desespero e conseguiu safar-se de sua investida.
E o escorpião prosseguiu sua tarefa.
Mais adiante, um ganso que perambulava ao redor, percebeu sua presença e partiu para o ataque, porém o escorpião conseguiu se livrar do ganso e socou-se em baixo do tronco de uma árvore até que o inimigo, cansado de esperar, retirou-se em busca de outra presa.
E o escorpião prosseguiu sua tarefa.
Localizou a casa de um farinheiro e lá conseguiu penetrar de mansinho sem ninguém notar. Acomodou-se nos entulhos do quintal e logo divisou a figura de uma barata, o que avivou seu instinto de conservação.
O escorpião estava prestes a dar um bote na barata, e assim, saciar sua fome, quando alguém, que não o havia percebido, matou a barata e jogou-a na lixeira. O escorpião ficou furioso e, na primeira oportunidade, atacou o agressor que foi parar no hospital.
Em seguida, quedou-se a espreitar outro inseto, pois, a fome o atormentava. Nesse ínterim, descobriram sua presença, e ele não pôde defender-se das pauladas que lhe eram dirigidas, e assim, sucumbiu de estômago vazio.