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Contos-->PEREGRINAÇÃO EM BUSCA DA PEQUENA MORTE -- 17/11/2009 - 17:09 (Divina de Jesus Scarpim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ele era “sexi” com seu rosto duro como que precocemente amadurecido, ela era curiosa e não sabia se estava certo o sexo regular e sem sentido que fazia com um namorado que não sabia, não conseguia mais amar.

- Não, eu não saio com ninguém, eu não “paquero” ninguém. Sou comprometida, tenho namorado, estou quase noiva, vou me casar...

Lia revistas escondidas que falavam de um raio que atravessava o corpo e era chamado “pequena morte” e que ela tentava sentir. Mas dentre as nuvens de sentimentos por mais densas e escuras que se tornassem não surgia raio nenhum.

- Deixa eu te perguntar uma coisa: Me disseram que quando a gente faz amor pela primeira vez a gente sente uma coisa muito forte que se chama “orgasmo”, você sentiu isso na sua lua-de-mel?

- Ah, senti sim, é tão bom!
- Mas é bom como? Com o que é que se parece?
- Não parece com nada. É rápido e forte como se a gente levasse um choque na tomada, só que é um choque bom...
- Mas onde é que é esse choque?
- Em todo lugar, assim, no corpo todo. Não dá pra explicar direito... quando você também se casar e sentir isso, você me conta. Vai ver que o que eu tô dizendo é verdade. Não dá pra explicar...
- Deve ser bom...
- É a melhor coisa do mundo.

Um dia teve o cinema e um beijo e uma conversa e ela tomou uma adulta decisão: como saber se tinha algo bom não tendo nada com que comparar? Será que o raio existia, será que já havia brilhado em seu céu tenebroso e ela - distraída que era - não o notou? Era possível não o notar?

- Queria que você fosse a algum lugar comigo...
- Não posso, tenho namorado... se bem que...
- O que?
- É que não sei se o que sinto por ele está certo, entende?
- Entendo... Deixa te beijar de novo...

Queria perguntar a alguém mas não sabia, mas não podia porque era segredo o físico desse relacionamento que o físico relacionamento tanto complicou. Falou com ele e seu rosto duro, precocemente maduro, manifestou aceitação. Só uma experiência sem compromisso, só um segredo para guardar.

- Vamos uma única vez, não importa o que aconteça não se repetirá, entende? Não é nada contra você, é só que quero saber se está tudo certo com meu namorado, comigo, com a gente... Não quero me casar sem saber se é assim mesmo, sem ter certeza...
- Tá, pode ser amanhã?

Ah, como são ingênuas as pessoas ingênuas que de corpo nada sabem, como somos ingênuos todos nós que de corpo nada nunca sabemos por mais que os anos nos pisem,,,

E desde o começo, ela se sentia tão mal... Um sexo mecanizado e experimental com um rosto precocemente maduro nenhuma resposta deu, e a frustração só teve aumento e crescimento no fundo do corpo que não sabia se colocar.

- Bem, agora esquece. Não falamos mais sobre isso, não acontecerá de novo, faz de conta que nunca aconteceu. Você concordou, certo?
- Claro que concordei, não se preocupe. E fica tranqüila, não vou contar nada pra ninguém...

Depois de uma experiência frustradas outras virão: experiências, frustrações... É uma questão de tempo, e o tempo passa. O tempo passa...

E um amor que pareceu existir tão doce e forte se esvanece como tempestade sem raios, entre lençóis...
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