Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63113 )
Cartas ( 21348)
Contos (13299)
Cordel (10354)
Crônicas (22576)
Discursos (3248)
Ensaios - (10635)
Erótico (13588)
Frases (51566)
Humor (20166)
Infantil (5581)
Infanto Juvenil (4926)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141246)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2441)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6342)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->A HORA CHEGOU -- 31/08/2010 - 18:31 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A HORA CHEGOU


Sob um sol escaldante ele seguia em frente com seus passos lentos, quase sem forças. Pensava em parar um pouco para descansar, mas sabia que se o fizesse não teria forças para se levantar e continuar. Precisava antes de mais nada de encontrar água. Sua boca ressecada e seus lábios rachados tornavam-lhe a sede ainda mais terrível. Não sabia onde encontraria água, mas tinha esperança disso acontecer antes de perder os sentidos.
Uns dois quilômetros adiante ouviu sons ao longe. Olhou para o céu e viu pássaros voando em forma de círculo. Deduziu que em algum lugar por perto deveria existir água. Tentou andar mais rápido, mas as forças lhe faltavam. Continuou lentamente.
A cada passo o som ficava mais alto e nítido. Parecia uma cachoeira em algum ponto daquela região montanhosa. Olhou para os lados, mas só via montanhas e montanhas desertas, sem o menor sinal de vida. Talvez em algum lugar por ali houvesse um vale. Há muito que aquela região fora coberta por densa vegetação, onde se podia plantar e colher. Dessa época só se ouvia histórias, como tantas outras acerca de um tempo onde a produção de alimentos era abundante.
Súbito, ao longe, avistou a origem daqueles sons. De fato era uma queda d`água. Ufa! Estou salvo!, pensou. Embora com muita dificuldade, conseguiu andar mais rápido; mas não com a mesma rapidez com que costumava fugir dos predadores. Afinal a vida já não valia mais como antes. Pessoas matavam uns aos outros para roubar-lhes o pouco que carregava consigo.
Ao aproximar, deparou com uma cachoeira de águas límpidas. Onde a água caia numa represa, a qual dava origem a um riacho. Parecia ter sido construída em algum tempo no passado. Provavelmente muitos estiveram ali antes da população do planeta ter-se reduzido a menos de um terço nos últimos cinquenta anos.
Aproximou-se e se deixou cair de joelhos na margem, e depois tombou para frente e bebeu até matar a sede. Aproveitou e encheu o cantil que desde o dia anterior jazia sem uma gota d`água.
Poderia ter se levantado e continuado em direção à costa, onde diziam ainda haver vegetação e animais domesticados, e a vida ainda preservar um pouco de civilidade mas preferiu entrar naquela água para tomar um banho. Deu um mergulho. Não viu que a profundidade era pequena e acabou batendo com a cabeça em uma pedra no fundo. Perdeu os sentidos e não acordou mais. Depois de escapar dos mais variados perigos, o destino lhe pregou uma peça. Acabou morrendo da forma mais improvável.

ENCONTRE-ME TAMBÉM:
NO ORKUT
NO FACEBOOK
TWITTER
NO MEU BLOG



LEIA TAMBÉM:
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXVIII
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXVII
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXVI
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXV
A PAIXÃO QUANDO CEGA
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXIV
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXIII
UM CERTO SUICÍDIO
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XX
INOCÊNCIA
MARCAS DO PASSADO
À NOITE À BEIRA-MAR
O MILAGRE
NUMA SORVETERIA
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui