Ah! Como temos histórias na vida, esta foi grande e só agora publico.
Estava na ADESG/AM, havia um daqueles cursos de meses, naquele dia minha equipe estava designada para apoiar uma convidada especial. BENEDITA DA SILVA, do PT, naquele dia seria a palestrante.
Boicotaram a entrevista, na hora em que ela começou a falar a luz foi embora. Auditório da antiga escola Técnica de Manaus, na Sete de Setembro.
Tinha um Fusca amarelo com quem convivi por dezoito anos, morava um pouco distante e antes passava pelo Cemitério de São João Batista no Boulevard Amazonas ou Álvaro Maia, em Manaus existe uma mania de mudar nome de rua quando se quer homenagear pessoas importantes, mas para a população o nome antigo permanece.
Passava ainda por um supermercado que não mais existe, CO da Rua Major Gabriel, comprei umas vinte velas vermelhas para candelabro e segui meu caminho até a Escola.
Não me lembro bem se Benedita ainda era Ministra ou se candidata ao Governo do Rio de Janeiro, a verdade é que a Eletronorte não perdoou e ficamos às escuras.
Disse que tinha velas no carro e precisava de alguém com isqueiro. Trouxemos as velas e acendemos na entrada, na passagem e na mesa colocamos três velas, luz nós tínhamos, mas a conferencista perguntou quem era umbandista, velas vermelhas numa sexta-feira treze, era demais.
Argumentei que gostava das coisas delicadas e belas estavam sendo úteis.
A luz voltou um pouco mais tarde. Tivemos a conferência e fomos levá-la ao jantar e ao aeroporto. Ficou na lembrança o episódio que registro hoje.