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Contos-->"AMAZONAS!" GUERREIRAS!... -- 05/11/2010 - 18:34 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“AMAZONAS!” GUERREIRAS!...
Ana Zélia

Guerreiras eternas na mente do povo perderam as armas, não mutilam os seios...
Ouvidos aguçados na garganta estreita do grande rio à espera de todos que obrigatoriamente ali passam.
São iates, transatlânticos, catamarãs, cargueiros, empurradores, embarcações quaisquer...

À proporção que se afunila aumenta a profundidade, tem calado pra todo porte. (Estreito de Breves)
Homens, mulheres, crianças em pequenas montarias (canoas pequenas), ubás (troncos de árvores cavado), igarités eternas, avançam com gritos Ah! Ah! Ah! E mãos pequeninas acenando à espera da compaixão do povo. Roupas, alimentos atirados em sacos plásticos ao rio, fazem a festa daquele povo.
E vão além, adentram nos navios, manobras rápidas de ataques, pequenos pedaços de ferro amarrados à cordas e varas que os prendem às amarras das embarcações e chegam à popa e numa união de forças executam a abordagem.
Oferecem frutos da floresta, palmitos de açaí caseiros em potes de vidro; estendem as mãos, olhares fixos, voz da coragem, dos filhos do Brasil, sem nome e pedem pão, roupas, medicamentos.

Perguntamos?

_Onde estão os nossos governantes, prefeitos, deputados, senadores que se dizem “nossos representantes”?
Eles são iguais a nós, brasileiros e guardiães deste País imenso nos mapas e “pequeno” nas atitudes...
Hoje eles pedem e todos lhes dão atenção.

Mas e amanhã?
Se os “Ratos d’água” resolvem imitar estas criaturas indefesas,
poderão atacar estas embarcações, bem armados, colocar em risco as vidas dos que fazem este trajeto.
Fiz noventa e nove viagens nos catamarãs da extinta “ENASA”, subindo e descendo o Rio Amazonas.

As “Amazonas” existem, são aquelas mulheres, jovens, crianças que se arriscam no Estreito de Breves, no Pará, tentando sobreviver, passamos todos por lá, eles vivem e moram lá, com eles só um Ser. Deus.
O Deus curador, o Deus criador, o Deus sofredor.

É hora de olharmos mais para nossos irmãos que sobrevivem porque Deus é Grande.

Estreito de Breves, Belém/PA, 22.02.2000 (Ana Zélia)
==========================
Nota da autora- "O poeta é o delator de sua época", não posso fugir à regra,
andando por este país tenho visto coisas que amedrontam, enojam, nos envergonham das mentiras anunciadas nos horários políticos,
muitos e em sua maioria não conhecem o Brasil, este Brasil sem edifícios, castelos, a única estrada é o rio quando cheio, seco é um perigo, mas elas existem,
seus olhos são iguais aos nossos acreditam em tudo,
a natureza é farta, mas o çai fica no chavascal, entre cobras, doenças, e eles sobem naquelas árvores finas como eles, se verga toda,
mas seus cachos descem ao chão seguros por aquelas mãos esqueléticas, de homens, crianças, mulheres corajosas, guerreiras.

Tenho muita pena do meu Brasil, muito orgulho das "Amazonas" que tiraram os seios para melhor manobrar as armas, vencer os inimigos.
Sinto asco da maioria dos brasileiros políticos que precisam conhecer este Brasil das trevas, das profundezas, levando a eles saúde, educação, trabalho digno e vida. manaus, 05.novembro de 2010. Ana Zélia












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