Enfrentei cursinhos para a guerra do vestibular, trabalhava à noite, e consegui ingressar na universidade, quando saiu o resultado vibrei muito. Cursar Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal do Ceará e com emprego, com aquele passaporte, que foi minha aprovação, à partir de então, tive certeza de que estava com o futuro garantido, foi uma das maiores alegrias da minha vida. Trabalho, amizades, passeios pelas praias e participação em Congressos Nacional de Biblioteconomia, não perdia um. SPCB, também, participação na criação do Centro Acadêmico de Biblioteconomia, no DCE, em manifestações públicas como passeatas pela meia entrada de cinema, protestos, participação em Encontros Culturais e tudo que podia acrescentar conhecimento e enriquecer minhas amizades.
Conheci o Elson, companheiro há vinte e nove anos, o Alberto Said, um grande amigo poeta, que viveu pouco, porém muito, com quem aprendi o gosto pela boa leitura, bests selers e programas culturais. Gostava muito de ir aos passeios em serras, praias mesmo com pouco dinheiro o prazer em aproveitar a vida estava sempre diante dos meus olhos e a tudo que me dedicava e acabava realizando, dando certo. Sempre foi assim, custasse o que custasse eu sempre conseguia!
Conclui o curso de Bibliotecomonia e Documentação, casei, tive três filhas maravilhosas, fui demitida pelo Collor de Melo de licença maternidade, achou pouco e confiscou nossas economias, o marido morando longe, ainda bem que tinha um apoio muito grande de minha mãe, irmãs e dos meus sogros; a demissão me trouxe uma grande oportunidade de ocupar um cargo público, de liderança, de criação, na minha área de atuação, experiência maravilhosa que veio a comprovar que há males que vem para o bem... ditado que acaba sendo pura verdade sempre! quatro anos depois fui anistiada pelo governo Itamar Franco e pedi exoneração, retornei a estatal de origem.