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Contos-->NAVEGANDO COM MAYAKOVSKY -- 16/12/2015 - 02:59 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


    Juscelino, morador da cidade de Óbidos no estado do Pará, era um homem feliz e era brasileiro. Um dia leu na biblioteca municipal,  uma frase do poeta russo Vladimir Mayakovsky. O poeta afirmou: “Em algum lugar, dizem que no Brasil, existe um homem feliz”.  Juscelino, na hora, sentiu-se brasileiro e também o tal homem feliz.  Não compreendia os motivos da identificação, talvez entre tantos, Juscelino soubesse da profundidade do rio Amazonas em frente a sua cidade.  Uma profundidade que superava todas as outras do rio, garantia a permanência da tristeza ali no fundo e deixava a verdadeira felicidade,  escapar pelas margens, surgir nas ruas de Óbidos, sobrar para quem quisesse, chegando nele, o único homem feliz do mundo.


Juscelino, depois da visita à biblioteca, voltou para casa. No caminho, o seu filho de oito anos correu para abraça-lo. Juscelino percebeu na hora do abraço o quanto a frase do poeta Mayakovsky ainda não era tudo e isto porque ele, Juscelino, morador da cidade de Óbidos, era ainda mais feliz do que o único homem feliz do mundo.  Terminou o abraço e perguntou ao filho:


 


- Amor, você já ouviu falar do poeta  Mayakovsky?


 


O filho respondeu:


 


- Não... só do boto cor-de-rosky...


 


Juscelino sorriu e disse:


 


- Então você precisa fazer como papai...e conhecer também o poeta cor-de-rosa. 


 


DO MEU LIVRO: "TOUROS EM COPACABANA"




Juscelino, morador da cidade de Óbidos no estado do Pará, era um homem feliz e era brasileiro. Um dia leu na biblioteca municipal,  uma frase do poeta russo Vladimir Mayakovsky. O poeta afirmou: “Em algum lugar, dizem que no Brasil, existe um homem feliz”.  Juscelino, na hora, sentiu-se brasileiro e também o tal homem feliz.  Não compreendia os motivos da identificação, talvez entre tantos, Juscelino soubesse da profundidade do rio Amazonas em frente a sua cidade.  Uma profundidade que superava todas as outras do rio, garantia a permanência da tristeza ali no fundo e deixava a verdadeira felicidade,  escapar pelas margens, surgir nas ruas de Óbidos, sobrar para quem quisesse, chegando nele, o único homem feliz do mundo.


Juscelino, depois da visita à biblioteca, voltou para casa. No caminho, o seu filho de oito anos correu para abraça-lo. Juscelino percebeu na hora do abraço o quanto a frase do poeta Mayakovsky ainda não era tudo e isto porque ele, Juscelino, morador da cidade de Óbidos, era ainda mais feliz do que o único homem feliz do mundo.  Terminou o abraço e perguntou ao filho:


 


- Amor, você já ouviu falar do poeta  Mayakovsky?


 


O filho respondeu:


 


- Não... só do boto cor-de-rosky...


 


Juscelino sorriu e disse:


 


- Então você precisa fazer como papai... e conhecer também o poeta cor-de-rosa. 


 


 


 


DO MEU LIVRO: "TOUROS EM COPACABANA"


 


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