Lenda de Flor, a Cigana das Flores
Na Idade Média existia um cigano, chamado Eduardo, que amava jardins e flores. Um dia sua caravana armou acampamento num local florido e este rapaz foi explorar o local. Dentro da mata ele encontrou um lindo jardim, com uma lagoa no meio, onde se banhava uma fada chamada Aisha. Então os dois se apaixonaram. Porém a fada ficou grávida e deu à luz a uma menina com asas e orelhas pontudas. O problema foi que Aisha morreu no parto. Porém Eduardo pegou o bebê para cuidar junto de seu povo.
Este neném foi batizado de Flor. Mas durante a sua infância, suas asas e orelhas de elfa foram escondidas com roupas. Mesmo assim, na hora dos espetáculos ao ar livre, esta garota se apresentava com suas asas e orelhas sem nenhuma proteção. Pois o povo pensava que se tratava de algum figurino de teatro.
Naquele tempo havia um reino onde uma bruxa arrancou todas as flores e impediu que outras surgissem com a intenção de acabar com o amor e ternura.
Uma noite Flor sonhou com este lugar. Por isto guiada pela intuição, com suas asas, foi até a este reino. Deste jeito ela fez chover pétalas mágicas na feiticeira, que se evaporou porque não aguentou tamanho gesto de carinho. Desta maneira Flor fez com que as flores voltassem e o reino tornou-se a ser florido.
Porém Crestus, o filho secreto da bruxa, inventou que Flor era uma feiticeira perigosa e a pobre foi condenada à fogueira. Mas na hora do algoz colocar fogo nela, a chama se apagou. No mesmo instante Flor foi invadida por uma força sobrenatural, se libertou das cordas e voou.
Reza a lenda que, apesar dela sentir um pouco de receio dos humanos por causa do trauma de ser condenada à fogueira, ela é uma entidade cigana que ajuda na primavera e na colheita.
Luciana do Rocio Mallon
