Usina de Letras
Usina de Letras
85 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51133)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->MATANDO A FOME... -- 09/08/2016 - 16:03 (GERMANO CORREIA DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

MATANDO A FOME...



 



Dois pernilongos voavam famintos, procurando algum animal distraído para picá-lo e acabaram encontrando o dorso de um sapo que repousava à beira de uma lagoa de águas claras e passaram a sugá-lo discretamente.



Uma libélula que também voava faminta à procura de insetos distraídos, ao avistar os pernilongos sobre o dorso do sapo se aproximou rapidamente do anuro sonolento e perguntou:



- O que esses pernilongos estão fazendo aí no seu dorso? Será que eles não têm outro lugar mais aconchegante e mais seguro para ficar?O sapo ficou nervoso com a pergunta indiscreta feita pela libélula e sem entender ao certo se ela tinha dito “picar” ou “ficar”, reagiu com uma coaxada acima do normal:



- Alto lá, libélula! Estes pernilongos são meus protegidos e eu estou os deixando repousar um pouco. Ademais, não pretendo utilizá-los nem como petisco, porque meu prato predileto é libélulas ao molho pardo com ovas de peixe - e ficou de espreita.



A libélula ficou meio assustada com a resposta do sapo, ato contínuo olhou para o galho de uma árvore que estava à sua frente e viu que uma rã já se preparava para saltar em sua direção e tratou de sair rapidamente para ficar longe do alcance daqueles dois anuros esfomeados.



Em seguida, num recanto mais seguro daquela lagoa, ela aproveitou o momento para fazer sua primeira refeição diária, comendo algumas moscas e mosquitos indefesos que ainda restavam por ali, além de parar um pouco para refletir sobre o ocorrido e sussurrou:



- Cometi uma gafe danada tentando pegar aqueles dois pernilongos protegidos por aquele sapo insolente e quase fui comida por uma rã faminta.



Já está na hora de eu entender que nesses tempos de escassez de quase tudo, a variedade de alimentos costuma ficar minguada demais para todo mundo, até para os seres de minha espécie - admitiu.



Sem ter muito o que fazer naquele recanto da lagoa, a libélula voou sem direção à procura das moscas, pernilongos e mosquitos indefesos que rondavam por ali, visando à realização de mais uma de suas inúmeras refeições diárias.  


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui