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Contos-->DIÁRIO DO DR. MATHIAS - PARTE 21 -- 08/05/2018 - 00:05 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARTES JÁ PUBLICADAS:
PARTE 1 - PARTE 2 - PARTE 3 - PARTE 4 - PARTE 5 - PARTE 6 - PARTE 7 - PARTE 8 - PARTE 9 - PARTE 10 - PARTE 11 - PARTE 12 - PARTE 13 - PARTE 14 - PARTE 14 - PARTE 15 - PARTE 16 - PARTE 17 - PARTE 18 - PARTE 19 - PARTE 20

ADVERTÊNCIA:
O que se publica aqui na íntegra são anotações encontradas pela polícia de Juiz de Fora quando invadiu a residência do Dr. Mathias e libertou vários jovens, mantidos prisioneiros por mais de 2 anos. São vários cadernos. Não é possível precisar exatamente quantos eram. Quatro destes foram achados, mas haviam pelo menos mais três, cujo paradeiro ainda é desconhecido. A maioria das anotações não estão datadas, o que não nos impediu de precisar quando foram escritas embora uma pequena minoria não pode ser datada. Essas anotações, que formam uma espécie de diário, seguem uma ordem cronológica. Iniciam-se com um plano para sequestrar jovens a fim usá-los como escravos sexuais. Algumas passagens são assustadoras e descrevem em detalhes raptos, torturas, violência sexual e mutilação genital, o que nos leva a crer que se trata de alguém a quem podemos chamar de monstro, apesar de aparentar ser uma pessoa completamente normal.
****************

05/12
Embora o assunto ainda seja as primeiras eleições gerais em mais de 20 anos, a principal notícia dos jornais de hoje é a exigência do FMI para socorrer o Brasil. Querem a cabeça do Delfim Neto. Um país deste tamanho, com tantas riquezas, pedindo dinheiro emprestado dessa forma. Ainda mais aos banqueiros americanos, aqueles judeus filhos da puta! Não dá para acreditar. Como este país pode ser tão dependentes das importações? Não dou muito tempo para perderem completamente o controle da inflação, se é que já não perderam. Com as reservas tão baixas e a oscilação do dólar, não há muito o que fazer. Uma explosão inflacionária será inevitável. Temo o que pode acontecer nos próximos anos. Bom, deixa isso pra lá. Não vale a pena divagar sobre isso. Cheguei num acordo com Marineide. Os filhos virão na terceira semana de Janeiro. Chegarão na terça-feira e voltarão no domingo. Na quarta e sexta-feira ela passará o dia com eles na cidade. Assim terei mais liberdade em casa. Como hoje é domingo, além almoço especial, comprei uvas, maçãs e ameixas importadas. As frutas foram servidas para todos, embora muitos não as quiseram. Por falar em ameixa, escolhi dentre as menores, a menos madura (comprara duas dúzias) e resolvi fazer uma brincadeira com Diane. A princípio, pensei em Ana Paula, mas quando parei diante da cela, acabei chamando a mais velha. Foi uma mudança de momento. Talvez por causa da timidez. O que fiz? Levei-a ao estúdio, amarrei-lhe os punhos nos tornozelos, e, depois de mergulhar a ameixa no mel, introduzi-a na vagina. Quase não consegui. A abertura não era tão grande. Tive de enfiar três dedos para dilatá-la um pouco. Se a ameixa estivesse muito madura teria se desfeito. Mantendo as pernas abertas e os grandes lábios afastados, dava para ver a fruta dentro dela. Apesar do choramingo (ela choraminga por qualquer coisa), pedi-lhe para fazer força e “parir” a ameixa. Uma das câmeras, focava direitinho a vulva dela. Queria manter aquelas imagens para o futuro. Ela custou a expulsá-la. Cheguei a achar que não conseguiria. Já estava pronto para enfiar-lhe dois dedos e arrancá-la la de dentro. Foi uma bela imagem. Revi a cena várias vezes ao longo do dia. A última agorinha a pouco. Depois que a ameixa caiu na minha mão, comi a metade e dei a outra metade para ela comer. Ela não queria, mas insisti. Então, lambi-lhe o mel dos grandes lábios e introduzi-lhe o falo. Tirei-o, lambuzado de mel, pouco depois e fi-la chupar. Penetrei-a novamente e, dessa vez, deixei-lhe o meu mel nas entranhas enquanto chorava copiosamente.

06/12
O tempo estava nublado, com cara de chuva. Por isso não teve banho de sol. Foi dia de faxina lá embaixo. Tanto na cela das meninas quanto dos meninos. Fiz-lhe arrastar as camas e levar o chão e os banheiros. Depois tiraram os colchões e limparam as camas. Por mais que seja fechado lá embaixo, o fato de varrerem as celas de vez em quando acaba levantando pó, ainda mais que agora costumam subir para tomar banho de sol. Passaram a tarde fazendo faxina. Mas não demoram tanto quanto da última vez. E de novo as meninas terminaram primeiro. E não foi porque são em maior número, mas por levarem mais jeito. É como se elas já nascessem com essa habilidade. Talvez seja por causa dos milhares de anos de experiência. Isso acabou afetando o cérebro delas a ponto de tornar hereditário. É como um instinto. Elas simplesmente sabem fazer a coisa de forma mais eficiente, como se já conhecessem o caminho mais curto. Os meninos são muitos desajeitados e às vezes se atrapalham. Aliás, os mais novos são ainda piores. Não possuem habilidade alguma. No final do dia, desci lá e dei um bombom para cada, com recompensa.


08/12
No meio da tarde, depois do banho de sol, passei cerca de uma hora com Roberta no estúdio. Ela me odeia, mais do que todos; talvez até mais do que Rafael. Sinto-lhe o ódio quando a penetro. Apesar das minhas tentativas, não me pareceu ter se excitado. Azar o dela. Isso só me irrita. Além de possuí-la com violência, ainda lhe mordi os seios até sangrar. Foi na hora do gozo. Quase lhe arranquei um dos mamilos com os dentes. Só não o fiz para não mutilá-la, para não estragar a beleza daqueles seios e porque ela será a mãe dos meus filhos. Quero vê-la prenha, com a barriga crescendo. Mas já fiz um curativo. Em poucos dias estará pronto para outra. Pelo menos vou lhe dar uns dias de sossego. Aliás, esse ódio por mim só me incentiva a entregá-la a Juarez de vez em quando. Quem sabe, sendo fodida por ele ela amanse um pouco. Ter de se entregar a ele, como uma prostitua, será uma forma de castigo. É isso! Um belo castigo. Talvez o deixe se deitar com ela bem antes do que planejava. Vou falar com ele nos próximos dias.

10/12
Já faz algum tempo que não assisto as gravações da madrugada, mais precisamente depois que a luz apaga e todos vão dormir. No começo, quando eles chegaram, eu não deixei de assisti-las para tomar conhecimento do comportamento deles, mas depois não vi necessidade. Nunca acontecera algo de estranho ou suspeito, portanto não havia razão para continuar a assisti-las. Ainda mais quando não se vê quase nada. Vez ou outra, quando estava com insônia, permanecia na sala de vídeo, vendo-os ir para a cama. Quando a luz apaga, vê-se pouca coisa, já que a única luz acesa é uma luz fraca, ao lado da porta de acesso ali embaixo. Ainda sim, é possível ver o vulto deles, principalmente dos meninos, já que a cela deles fica próxima. Já estava me dirigindo à porta quando virei para dar uma última olhada (foi uma ação instintiva), então vi um movimento. Um dos meninos sentara na cama. Não dava para ver quem era. Pensei que ele fosse ao banheiro. Cheguei a pensar em ignorar, mas a curiosidade falou mais alto. Então resolvi ver o que se passaria. Com muito cuidado (ele se movimentava muito lentamente) foi até duas camas depois. Apesar da imagem ruim, deu para ver que a pessoa curvou sobre a cama. A outra pessoa se mexeu. Parece terem sussurrado alguma coisa, mas o microfone não conseguiu captar, apesar do silêncio. Súbito, aquele vulto deitou. Estranhando tudo aquilo, desci lá. Abri a porta com muito cuidado, para não fazer o menor barulho e parei diante da cela. Ali, pude ver o que se passava. Rafael estava sobre Marcelinho, movendo os quadris para cima e para baixo. Num primeiro momento, a raiva tomou conta de mim. Como ele ousava fazer aquilo com o meu menino. Ninguém tinha o direito de deixar seu sêmen naquele ânus. Ele era meu. Só meu. Mas contive o ciúme e continuei assistindo a cena. Então ouvi Rafael aumentar seus gemidos, os quadris moverem-se mais rápido e depois ficarem imóveis sobre as nádegas do outro. Acendi a lanterna sobre eles. Rafael deu um salto da cama e me encarou como se encarasse o demônio. Movi os olhos para o falo teso dele e uma gota de sêmen se atirou no abismo. Movi a lanterna para a cama e la estava Marcelinho, deitado de bruços e as pernas meio abertas. Talvez morrendo de vergonha ou medo, a cabeça jazia enfiada no travesseiro. Aquela imagem me remeteu ao passado, quando eu tinha oito anos. Então me vi nu, deitado na minha cela, naquela mesma posição. Era uma das primeiras vezes que faziam aquelas coisas comigo. O padre, se vestindo, estava de pé, atrás de mim. Lembro-me de olhar para o falo dele e uma gota também escapar, embora não soubesse direito o que era aquilo. Uns chamavam de Lebenssaft. Enfim… Aquela imagem me deu uma sensação de prazer e dor. E sem saber o que fazer, mandei-o ir para sua cama, apaguei a lanterna e subi. Ainda me sinto profundamente afetado. Há anos que não experimento uma sensação assim. Minhas mãos estão trêmulas e meu coração acelerado. Não sei explicar. Estou um pouco confuso. Preciso dormir. Vou tomar uma pílula para relaxar. Amanhã penso no que fazer.

11/12
Custei dormir. A imagem daqueles dois lá embaixo e minhas lembranças daquele internato se misturavam o tempo todo no meu cérebro. Que coisa mais estranha! Nunca tinha passado por uma experiência dessa! Ainda nem sai do quarto. Provavelmente estranharam o meu atraso para o café. Vou me levantar daqui a pouco. Preciso entender essa afetação. Há quanto tempo Rafael vem fazendo isso? Ele subjugou Marcelinho ou este se entregou por livre e espontânea vontade? Apesar da qualidade da imagem, não me parece que estava sendo forçado. Ele é gay, não tenho mais dúvidas, pelo menos disso! O que devo fazer agora? Castigá-los? Não posso permitir que isso volte a acontecer. Não, isso não! Mas o que fazer? Preciso encontrar um meio.

Andei pensativo o dia todo. Marineide e Juarez até me perguntaram se seu estava sentindo alguma coisa. Mais observadora, ela me disse que nunca tinha me visto assim. Menti. Disse-lhes que estava com muita dor de cabeça. Acabei de subir. Tive de refletir muito para tomar uma decisão. Por fim, levei Marcelinho até o estúdio e o interroguei. Ele começou a chorar, implorando para não machucá-lo. afirmei-lhe que não o castigaria, mas desde que me contasse toda a verdade. Confessou ser gay. Disse que gostaria de ser menina, de usar vestido, se maquiar. Contou que, sempre brincava com as meninas da rua, nunca com os meninos. Perguntei-lhe quantas vezes ele já tinha transado com Rafael. Não sabia precisar. Várias vezes, respondeu. Desde quando?, perguntei. Já faz um bom tempo, declarou. Como essa história começou?, perguntei. Disse que um dia Rafael estava tomando banho e ele entrou no banheiro. O falo de Rafael estava duro e ele ficou olhando, admirado. Então o outro lhe perguntou se ele tava achando bonito. Ele disse que sim, que o pinto dele era bonito assim. Aí, Rafael se aproximou dele, abraçou-o por traz e perguntou no ouvido dele se ele queria experimentar. Com medo de Rafael fazer-lhe alguma coisa, ele balançou a cabeça afirmativamente. Então ele pôs o pinto no meio das pernas dele e começou a se mexer. Por fim, Rafael disse que iria até a cama dele no meio da noite, quando todos estivessem dormindo. Foi naquela mesma noite que transaram. Mais uma vez, entre lágrimas, pediu para não machucá-lo com as agulhas. Ele tem muito medo delas. Eu disse que não vou machucá-lo. É só você ser um bom menino, ser obediente, que nada vai te acontecer, afirmei. Ele prometeu. Depois foi a vez de Rafael. Ele me se mostrou impassível. Em nenhum momento demonstrou arrependimento ou fraqueza. Parecia decidido a suportar o castigo, seja qual fosse. Você só gosta de comer, não é?, perguntei. É. Sou homem, respondeu. Então não sente prazer algum em ser comido?, insisti. Não, respondeu. Já disse! Sou homem. Não sou viado. Ele estava de pé, com as mãos espichadas e amarradas pelas cordas, presas ao teto. Levei a mão o falo dele e comecei a acariciá-lo. Já que é assim, falei, não vou comer teu rabo mais. Vou me contentar só com tua masculinidade, acrescentei, com isso aqui. Nisso levei a boca ao falo dele e o chupei por alguns instantes, o que o fez começar a se mover. Depois perguntei: Me responde só uma coisa: você gosta de comer o Marcelinho? Ele titubeou por alguns instantes, mas acabou assentindo. Por fim acrescentei: Não vou te castigar dessa vez, mas nunca mais transe com ele ou com qualquer um dos outros meninos. Aquelas bundinhas são só minhas. Se você fizer isso de novo, vou te castrar, tá me ouvindo? Tô, respondeu. Levei-o de volta a cela.

12/12
Ainda um pouco afetado com os acontecimentos da noite retrasada, decidi ontem à noite, trazer Marcelino para o meu quarto. As lembranças do que fizeram comigo naquele primeiro ano no internato não saem da minha cabeça. Quantas vezes no meio da noite era acordado, despido completamente, virado de bruços e, tendo de suportar o peso deles (alguns eram gordos e quase me esmagavam), era possuído. Alguns não tinham o cuidado que eu tenho, principalmente os frades: de lubrificar-lhes o ânus para não feri-lo. Muitas, vezes, entre lágrimas, ao me limpar, com um pedaço de pano que me atiravam, este saía cheio de sangue, principalmente nas primeiras vezes. E eu tinha dificuldade para defecar. Doía muito. Depois foi diminuindo. Lembro perfeitamente do êxtase, do prazer que sentiam durante o gozo. Era como um encontro com Deus. Nesse instante, a maioria deixava escapar um Oh, mein Gott!. Outros, arrependidos, embora não deixassem de praticar o mesmo ato, acrescentavam: Vergib mir, Herr! Eu pelo menos não preciso pedir perdão. Tenho consciência de meus atos. Apesar dessas lembranças, não fiz com ele como fizeram comigo. Gosto das carícias, do jogo de sedução, das preliminares. O Mestre Johannes era um deles. Quando me levava aos seus aposentos, ficava horas me acariciando, antes de finalmente me possuir. Eu gostava de sua delicadeza e das sua preocupação me dar prazer. Foi o que fiz com Marcelinho durante mais de uma hora. Mais do que eu fora, até porque ele é gay e eu não sou, trocamos carícias e prazer. Quase o deixei dormir aqui, mas ainda está muito cedo. Vou a Juiz de Fora agora, comprar o almoço do domingo. Mais tarde quero levar Sandrinha à cachoeira, antes de todos subirem para tomar banho de sol.

Tive de repreender Sandrinha. Enquanto eu estava deitado, tomando sol, com os olhos fechados por causa da luz, ela tirou o biquíni e, nua, deitou sobre mim. Sei quais eram as intenções dela e até fiquei feliz por isso, mas estávamos na cachoeira. Embora nunca tenhamos visto alguém por ali, nada impedia que pudéssemos ser vistos. Foi uma imprudência dela. Ela não pensou nesse risco. Não a culpo. Por isso apenas a repreendi e disse-lhe para se vestir. Tive de explicar-lhe o motivo. Na volta para casa, pediu-me para passar a noite comigo. Consenti. Vou buscá-la daqui a pouco. Embora eu tenha dito a Rafael que não o castigaria, anda desconfiado. Não acreditou. Vejo como ele me olha. Quando subiu para o banho de sol, temia em me encarar. Vou fazer um acordo com ele. Terei uma conversa com ele entre amanhã e depois.

14/12
Fui até Juiz de Fora de manhã para repor o estoque de anticoncepcional. Embora não seja de vez em quando que transo com as meninas, é melhor que elas continue tomando a pílula todos os dias. Inclusive Sandrinha. Só Mariana que não está. É muito nova e continua virgem, por isso não tem necessidade. Aliás, levei-a ao estúdio hoje, durante a tarde. Introduzi nela uma caneta esferográfica, depois de lhe acariciá-la por um bom tempo. Excitei-a primeiro com os dedos, depois com a língua. Então ensinei-a fazer corretamente a felação. Ah, que prazer! Quase tive um orgasmo. Por fim sentei-a no meu colo e fiquei deslizando a glande no meio da vulva dela. Foi ali que deixei o gozo. A vontade de penetrá-la foi grande, mas consegui resistir. Sandrinha estava chateada quando devolvi Mariana à cela. Estava com ciúmes. Pude ver naqueles olhos. Ela teme perder os seus privilégios. Bobinha! Sabe que isso não vai acontecer. Mas vou presenteá-la mais tarde. Vou deixá-la dormir aqui comigo, sem algemas. Será a primeira vez. De toda forma, vou manter o quarto bem trancado. Agorinha a pouco conversei com Juarez, sobre Marcela. Questionei-o sobre a capacidade de comprimir as regras. Fui bem claro. Sexo com camisinha. Nada de beijos, nem que ela insista. Quando ejacular, deve sair dela imediatamente e não a penetrar mais. Alertei-o o quanto ela é esperta e perigosa. Fui bem claro: um descuido e ela tentará escapar. Por isso disse-lhe que ficarei alerta, com a arma na mão, caso ela tente fugir. Ele quis saber quando vai poder ir para a cama com ela. Eu disse que ainda não sei, mas será brevemente. Preciso aceitar a ideia de dividi-la com ele.

15/12
Resolvido a questão do Juarez, fui resolver a de Marineide. Com ela a coisa foi bem mais complicada. É mais difícil um homem discutir com uma mulher assuntos sexuais. Ainda mais quando se trata de seus desejos e fantasias. Primeiro, precisei arrancar dela o quanto ela sentia falta de sexo. As mulheres não são como os homens, cujos impulsos sexuais se manifestam com muita facilidade, bastando apenas a imagem de uma fêmea, um gesto ou mesmo uma palavra. A mulher precisa de algo mais e mais concreto e real. Confessou-me não pensar muito no assunto. Perguntei-a se não desejava Rafael, já que ela o via nu com frequência. Brincando, lhe disse: Ele tem um equipamento e tanto! É capaz de dar muito prazer. Seu rosto ficou como uma maçã madura. Mas,após minha insistência, acabou confessando que o desejava de vez em quando, mas que sabia que ele era meu e nunca ia poder fazer nada com ele. E se eu deixar?, perguntei. Surpresa, mas com um sorriso tímido no rosto, confessou: Aí eu me deitaria com ele sim. Então vou pensar nessa possibilidade, afirmei. Isso só pode me trazer benefícios. Tanto ela quanto Juarez ficarão ainda mais comprometidos comigo. Não serei apenas eu quem terá cometido o crime de abuso sexual de menores. Também eles. Vou levar Rafael para o estúdio amanhã, passar alguns momentos com ele e contar-lhe que estou arrumando uma mulher para ele foder. Quero ver a cara dele.

17/12
Eu sabia. Anteontem o Brasil fechou um acordo com o FMI. Ontem começou a anunciar medidas econômicas para que o empréstimo saia. 12% de desvalorização do cruzeiro acima da inflação. Isso é apodrecer a moeda. Vai gerar cada vez mais inflação. Aposto. Mas o que afetará a produção é a redução dos subsídios e o aumento dos juros rurais. Como o país vai produzir dessa forma? O que esses caras estão pensando? Coitado desse povinho. Vai sofrer ainda mais, na mão dos banqueiros americanos. Acho que o pessoal de Brasília nunca leram Hobbes. O coitado só pode estar dando gargalhadas no inferno. Tenho de mudar algumas de minhas aplicações para não perder dinheiro. Segunda-feira irei ao banco. Talvez tenha de ir à São Paulo, já que algumas aplicações foram feitas por lá. Ainda bem que mantenho boa parte do meu dinheiro na suíça, onde não existe esse tipo de crise econômica.

Foi uma experiência incrível. Me senti como se ainda fosse um garoto naquele internato em Berlim, onde o que acontecia do lado de dentro não saia daqueles muros e o que acontecia do lado de fora não passava dos muros para dentro. De todas as lembras, a mais forte foi quando eu próximo de completar 11 anos, passei uma semana na casa de campo do Bispo H*** A Alemanha estava em Guerra, mas isso ainda não havia afetado nossas vidas. Não sei o porquê dessa lembrança, mas foi a mais forte. Se não me engano, era uma terça-feira. O Bispo H*** chegara de viagem. Tinha ido à Varsóvia. Estava há 4 dias ausente. À noitinha, ele me levou aos seus aposentos. Então me possuiu por horas. Estava insaciável. Poucas vezes fui possuído de tantas formas diferentes. Rafael não seria capaz de me possuir como o Bispo H***, mas tentei tornar a coisa o mais parecido possível. Pena que não pude soltá-lo. Tive de manter um dos pés e uma das mãos sempre presas. Antes de me possuir, disse-lhe que se não fizesse direito seria eu quem o possuiria. Ele não teve escolha. Consegui três orgasmos dele. É um homem viril e jovem. Seria capaz de bem mais, mas não consegui excitá-lo depois do terceiro, apesar de usar a boca e as mãos como o Bispo H*** me ensinara. Me dei por satisfeito e o levei para a cela. No caminho, disse-lhe: Vou arrumar uma mulher para você. Não quero você transando com os meus meninos.

21/12
Acabei de chegar de São Paulo. Saí no Domingo de manhã e só retornei hoje. Três dias longe de meus prisioneiros. Confesso ter ficado com medo de alguma coisa ter dado errado. Mas está tudo bem. Marineide e Juarez cuidaram de tudo perfeitamente na minha ausência. Já não temo mais deixar a casa na mão deles. Aliás, vou dar um grande presente de Natal ao Juarez. Vou deixá-lo se deitar com Roberta. No dia 25, à tarde. É mais seguro. Trouxe alguns brinquedinhos para usar com meus prisioneiros. Espero que apreciem. Pelo menos alguns, porque de outros não vão gostar. Será usado só para castigá-los. Encontrei uma microcâmera ainda menor do que a que tenho. Vou usá-la na Mariana. Achei também uma câmera que filma no escuro. A imagem não é boa, mas mostra alguma coisa. Vou instá-la ainda essa semana. Comprei um presente para Sandrinha. Uma pulseira de ouro. Ela merece. De todos os meus prisioneiros, é a que me dá mais alegria e prazer. A partir do ano que vem, se ela continuar se comportando assim, vou deixá-la mais solta. Vai poder passar a maior parte do tempo aqui em cima. Talvez até a leve a cidade. Veremos. Amanhã vou deixá-la passar o dia aqui comigo. Hoje não. Estou muito cansado. Foram quase oito horas de viagem. Ainda sim arrumei um tempinho para dar uma folheada no jornal. Por falar nisso… Pobre Argentina. Mergulhada numa crise política e econômica sem fim. Nenhum regime na América Latina agoniza tanto quanto o argentino. É uma pena ver aquele país chegar a esse ponto. Passei a adolescência lá com meus pais, nos anos 50. Haviam muitos alemães que fugiram após a derrota. Muitos, como nós, se refugiaram ali. Que tristeza! Mais do que essa outra notícia: na capital paulista, um aluno matou a professora por amor e se suicidou em seguida. Que coisa mais idiota! Somente pessoas desprezíveis cometem um ato desses. Que a matasse por raiva, ciúme ou fosse lá o que fosse, mas tirar a própria vida? Me dá nojo esse tipo de coisa. A fraqueza humana não tem limites.

22/12
A câmera está instalada. Vou esperar a noite para ver como ficam as imagens. Com a luz está uma maravilha. Melhor do que as outras. Sandrinha está lá na cozinha com Marineide. Está desde cedo aqui. Dei-lhe a pulseira. Ficou deslumbrada. Não tira a joia. Mas avisei-a de que não poderá descer com ela. As outras meninas, por ciúme, podem arrebentá-la. São capazes disso. Disse-lhe que poderá usá-la toda vez que estiver aqui em cima. Depois do almoço, passou mais de uma hora aqui no meu quarto, nós dois nessa cama. Aprende rápido. Sabe usar o poder da sedução. Não tem medo de arriscar. É tímida, mas já perdeu a maior parte. Não é mais aquela menininha acanhada e assustada que chegou aqui. Não sente vergonha em assumir o controle da situação. Adoro quando ela senta em mim e fica rebolando. Ainda mais quando começa a gemer. Sabe o que acontece comigo. E isso parece deixá-la feliz. Ela me faz sentir-me mais jovem, como se tivesse vinte e tantos anos. Seria capaz de viver sem todos aqueles prisioneiros lá embaixo, mas sem ela seria quase impossível. Não vou dizer que a amo, pelo menos da forma que um homem ama uma mulher, mais nutro por ela um sentimento especial, meio que de pai para filha. Não seria capaz de lhe fazer algum mal. Aliás, não me preocupo com as outras a metade do que me preocupo com ela. Temo machucá-la às vezes, coisa que não acontece com os outros.


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