QUANDO O AMOR NÃO ACABA - Capítulo XXXVI
ÍNDICE DOS CAPÍTULOS
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O ônibus só partiria as oito e quarenta, mas não pude resistir ao ímpeto de chegar bem antes, tanto que minha bolsa fora arrumada bem antes, pouco depois do almoço. Minha avó até insistiu, dizendo que não precisava ir tão cedo para a rodoviária, que o ônibus sempre saia no horário, mas eu disse que queria chegar cedo, pois tencionava comprar um presente para Luciana. De fato eu não tinha comprado nada, mas isso não levaria mais do que cinco minutos, já que não me seria difícil encontrar um presentinho para ela nas tantas lojinhas que dividiam espaço com os guichês das companhias. Ela não se opôs; apenas se ofereceu para me acompanhar como costumava fazer. Disse-lhe que não precisava, que já era grande o bastante para saber chegar até a Rodoviária. Sei que fui um pouco indelicado e egoísta, mas não havia outro jeito. Assim, sete e dez parti com a pressa de que está muito atrasado.
Não gastei mais do que quinze minutos, já que o trajeto entre o apartamento de minha avó e a rodoviária é curto e pode inclusive ser feito a pé (eu preferi tomar um táxi para não perder tempo). E quando cheguei, não a encontrei. Então aproveitei esse meio tempo e procurei alguma coisa para levar para Luciana. Acabei encontrando na segunda loja um porta-retratos. Em seguida, voltei a dar uma volta por ali, para ver se Diana não teria chegado. Não a encontrei. Por alguns minutos achei que talvez ela não viesse e só tinha me dito aquilo para me confortar. Lembro-me de ficar com o coração profundamente apertado, quase em lágrimas, quando os minutos passavam e nada dela aparecer. Uma sensação de angustia, de que não a veria mais começou a tomar conta de mim. Cheguei a dizer mais de uma vez com meus botões: “Ela não vai vir. Não quer me ver partir. Vai que ver é tão difícil para ela quanto é para mim. Até mais. Já passou por isso tantas vezes, não quer sofrer mais.”
Passou-se cerca de quinze minutos, mas esse tempo me pareceu uma eternidade. Andei de um lado para outro e por duas vezes sentei numa das cadeiras e abri o meu Thomas Mann. Não passei das primeiras linhas do capítulo que se iniciava na página 88, onde se lia: “Não se deu conta do tempo que passou nesse estado”. Lembro-me dessa frase porque tive de lê-la umas quatro vezes até consegui prosseguir, o que só aconteceu bem mais tarde no ônibus. Foi desesperador. E quanto mais os minutos corriam, mais minhas esperanças de revê-la declinavam. “Ela não quer se despedir de mim. Não quer me ver partir”, lembro-me de pensar um ou dois minutos antes de meus olhos alcançarem-na do outro lado da avenida, no ponto de ônibus, quando o coletivo partiu. Usava uma blusinha com detalhes coloridos e vestia minissaia marrom. Ao me avistar na entrada da Rodoviária, atravessou a avenida correndo com um sorriso nos lábios.
Não sei se ela não prestou a atenção ou calculou mal, quase foi atropelada. Um carro teve de dar uma freada brusca para não atingi-la. O senhor de meia idade, que estava ao volante, indignado com a imprudência dela, deu uma buzinada e, gesticulando a mão, esbravejou, gritando “não tem amor à vida, sua maluca?” Quando se aproximou, atirou-se aos meus braços e com a respiração ofegante, o coração palpitante, deixou escapar:
-- Que susto. Não vi ele vindo.
-- Foi por pouco – deixei escapar.
Nossos lábios se encontraram e se ocuparam apenas do beijo, o qual foi demorado, como são nos corações apaixonados que, na eminência de uma longa e inserta separação, querem aproveitar o tempo que lhe resta para compartilhar as sensações através dos lábios, já que o beijo e a forma de comunicação mais compreendida pelos corações apaixonados.
-- Já pensou se eu morro? -- exclamou.
-- Eu nunca me perdoaria. Iria carregar essa culpa por toda a vida – falei.
-- Você não morreria também, para se encontrar comigo no céu?
-- Acho que sim – falei, embora não acreditasse na existência do céu e mesmo que tivéssemos uma alma. Para mim, a morte era o fim e ponto final.
-- Pois se fosse o contrário, se você morresse na minha frente, eu me atiraria na frente do primeiro carro.
-- Fico feliz em saber disso – falei, com um sorriso amarelo, como se aquela conversa não me agradasse. Por sorte ela mudou de assunto.
-- Que horas o teu ônibus parte?
-- Oito em quarenta. Daqui a 50 minutos.
Fez-se um breve silêncio, como se, sem saber o que dizer, ela procurasse as palavras. Talvez estivesse apenas refletindo acerca de como aproveitar da melhor forma possível aqueles poucos minutos que nos restava. Não sei dizer. Nem eu mesmo lembro do se passou na minha cabeça. Um oceano de emoções me sacolejava mais do que um barco surpreendido em alto mar pela tempestade.
-- Você está um gato – disse, quebrando o silêncio. Na realidade eu apenas usava uma camisa e vestia calça jeans. Nem mesmo era a melhor roupa; era apenas a que estava em melhor condições depois de todos aqueles dias de viagem.
-- Você também está muito linda – falei. -- E sexy também.
Realmente ela estava sexy, vestida daquele jeito. A saia marrom confundia-se com a cor de sua pele, dando a sensação de formar um todo. As coxas pareciam mais viçosas, como as mocinhas de treze a dezesseis anos. Não posso dizer que fosse a cor da saia ou mesmo o tamanho desta que tornava aquele par de coxas mais bonitos; posso apenas afirmar que nunca vira aquelas pernas tão convidativas ao prazer. Talvez fosse a sensação de estar deixando Diana para trás me afetasse de alguma forma e me levava a ver mais beleza do que realmente havia, como acontece quando viajamos para um lugar distante e contemplamos a beleza do lugar, cientes de que dificilmente retornaremos ali algum dia. Não que eu não fosse ver Diana de novo. Isso não passava pela minha cabeça, mas dificilmente veria aquelas coxas daquela forma e as acharia tão belas, afinal Diana já não era mais uma mocinha, apesar de ainda ter pouco mais do que vinte anos. Talvez no fundo soubesse que a quele poderia ser o nosso último encontro.
-- Que nada! Você está exagerando. Essa roupa nem é tão nova.
-- Mas é sério! Você está um tesão.
De fato a imagem daquelas coxas começava a afetar-me os instintos. Embora ela estivesse ali na minha frente, eu começava a imaginá-la em outro local, onde houvesse só nós dois e onde nossos corpos nus formavam uma única coisa. E isso acabou me excitando.
Apesar de ser um domingo, a rodoviária não estava muito cheia como costumava ficar. Ainda sim havia muitos passageiros aguardando a partida. Por isso, para buscar um pouco mais de privacidade, sugeri-lhe seguir por um corredor até os fundos, onde haviam guichês fechados e onde não havia ninguém (sabia disso porque passara por ali assim que chegara mais cedo).
-- Acho que dessa vez acabou mesmo – deixou ela escapar em tom melancólico.
-- Quem disse? Não fale isso, meu amor.
Levei-lhe a mão ao rosto e a acariciei. Diana me encarava, com um olhar triste, derrotado, olhando bem no fundo de meus olhos, como se observasse a minha alma, como se procurasse dentro de mim a mesma tristeza e desesperança que havia em si.
-- Você nunca vai ser meu.
-- Vou sim. Dessa vez vou voltar. Só vou resolver umas coisas lá e vou voltar pra cá. Já conversamos sobre isso. Preciso resolver muita coisa. Tenho a faculdade. Mas vou voltar. Vou vir morar com a minha avó. Não quero mais ficar lá. Lá não é meu lugar. Nunca foi. Quero ficar aqui, com você, quero passar o resto dos meus dias ao teu lado.
-- Você fala isso agora, que está aqui comigo. Mas quando chegar lá, o tempo vai passar e você se conformará com a sua vidinha. Já ouvi essa conversa antes.
-- Você vai ver como vou voltar.
Ela não acreditou. Disse não ter mais ilusões. Acrescentou apenas que isso também não faria diferença. Súbito me abraçou fortemente, apertando meu corpo no seu, e entregou-me seus lábios, beijando-me como se aquele fosse o último beijo.
-- Ele está duro – disse quando nos desvincilhamos e ela discretamente levou a mão a minha virilha e pegou-me delicadamente o teso falo.
-- É porque você está muito gostosa.
-- Safado.
Ambos demos uma risadinha maliciosa.
-- Sabe. A gente poderia ter ido a um motel. Nunca fizemos amor. Eu gostaria de ter me entregado a você, nem fosse por uma única vez – disse Diana, voltando a me abraçar e a pressionar os quadris contra os meus.
-- Por que você não me disse isso antes? A gente poderia ter ido.
Ah, como eu me recriminei naquele instante. Chegue a me chamar de idiota, em pensamentos, uma dezena de vezes. “Por que você não insinuou isso?” também foi a pergunta que me fiz amiúde. Aliás, tive de travar um longa e árdua batalha entre o dever de retornar para casa e a desistência de tomar aquele ônibus. Durante a meia hora em que permanecemos ali, por diversas vezes pensei em desistir de viajar apenas para ficar mais um ou dois dias, para levá-la ao motel. Cheguei inclusive a pensar numa mentira para contar à minha avó e aos meus pais do porque não ter tomado o ônibus. Eu não tinha muita opção, o que dificultava a coisa. Pena que, como ocorria com frequência, não tive coragem.
-- Em três meses no máximo estarei de volta – falei pouco depois. -- Aí a gente vai. Você promete?
-- Prometo. Vou te esperar por três meses, hein. Quando você voltar, vamos passar uma noite inesquecível no motel. Vou poder te sentir em mim e ter ele para mim – acrescentou, levando mais uma vez e discretamente a mão ao meu falo, pegando-o por sobre a calça.
Levei-lhe sorrateiramente a mão numa das coxas, bem no meio das pernas, e fui escorregando-a para cima, até tocar-lhe a calcinha.
-- E ela vai ser minha.
Cheguei a pensar em enfiar o dedo por dentro da peça íntima e tocar-lhe a vulva, mas Diana, talvez prevendo os meus passos, agarrou-me o braço disse-me para tirar a mão dali.
-- Se você quer ela, trate de voltar.
-- Mas eu vou voltar. Aí vamos viver momentos incríveis. Vamos recuperar todos esses anos perdidos – falei.
-- Incríveis até pode ser, mas recuperar o tempo perdido não é possível. A gente não pode recuperar a nossa juventude, todos aqueles anos que passamos um longe do outro. Isso já era. Só não me iluda mais. Não mais faça mais esperar em vão.
-- Eu não vou, prometo.
-- Espero que você esteja falando a verdade dessa vez. Se você não cumprir o que prometeu, nunca mais vai me ter. É a última vez que te espero. Não vou viver a vida toda uma ilusão.
Diana falava com firmeza, como se realmente estivesse resoluta. Isso me assustou um pouco, pois havia muita sinceridade em seus olhos.
-- Pode ter certeza que eu vou voltar.
Não só ela. Eu também mostrava firmeza e decisão nas minhas palavras. E isso acontecia porque eu também tinha a certeza de que dessa vez cumpriria com minha promessa. Aliás, em nenhum momento me ocorreu a possibilidade de não cumpri-la. Todo o meu ser, o meu querer estava ali, nos braços de Diana. Apesar de todos esses anos em Santos, eu não me acostumara de todo à quela vida. Muitas vezes eu me sentia um estranho naquela cidade como um desterrado. Talvez com exceção de Luciana, nada mais me prendia àquela cidade. Santos era uma cidade maravilhosa, com belas praias, cheia de gente interessante, com muitos lugares para se frequentar, talvez mais do que Juiz de Fora, mas ainda sim meu coração estava em Juiz de Fora. Apesar de já ter me habituado à Santos, ainda me sentia como uma planta arrancada de seu habitat, na beira de um belo penhasco, e plantada num vaso e esquecida num canto de uma sala.
Os minutos passaram rápido. Quando consultei o relógio, o que eu evitava fazer para não ver nosso tempo acabar, faltavam dez minutos. Eu precisava ir para a plataforma de embarque. O ônibus já estava ali há alguns minutos e muitos dos passageiros já tinha ocupado seus lugares. Tinha de etiquetar a mala para que ela fosse transportada no compartimento de bagagem. Era grande demais para levá-la comigo. E precisava fazer isso o mais rápido possível, antes que fossem fechados.
-- Preciso ir – falei com profunda tristeza, como um soldado que vai para a guerra, para a linha de frente, sem a certeza de que voltará a ver seus entes queridos. Meu coração apertava no peito, provocando uma forte dor. Dir-se-ia ter-se comprimido a ponto de perder mais da metade de seu tamanho.
-- Vai então, antes que teu ônibus de deixe pra trás. Lembre-se que vou ficar te esperando. Não me desaponte dessa vez.
-- Não vou – foi o que respondi, antes de tomá-la nos braços e beijá-la pela última vez.
Quando nos desvincilhamos e peguei a bolsa e virei de costas, as lágrimas desceram pelo meu rosto. Não tive coragem de virar e olhar para ela. Não queria que ela visse a minha dor. Só quando me afastei, quando ela já não podia mais ver minhas lágrimas, que parei, virei na direção dela, dei um último tchau e joguei-lhe o último beijo. Diana também fez o mesmo. Tornei a virar e atravessei o cercado e parei ao lado do ônibus, onde um rapaz da companhia começava a fechar os compartimentos de bagagem. Entreguei-lhe minha bolsa. Quando virei para trás mais uma vez, não a vi mais. Pensei que ela tinha ido embora.
Ainda com os olhos lacrimejantes, entrei no ônibus e procurei o meu lugar. Eu sempre gostava de viajar na janela, por isso, ao comprar a passagem, fazia essa exigência. Não que eu tivesse alguma coisa contra o assento do corredor; não, nada disso! Eu apenas preferia viajar na janela para olhar através dela e contemplar os lugares por onde passava. Diferentemente da maioria dos passageiros (O amigo leitor ainda deve se lembrar disso), eu não conseguia dormir durante a viagem e passava quase toda a viagem lendo ou olhando pela janela.
Quando o ônibus deu marcha a ré para deixar a plataforma, olhei através da janela para o ponto onde Diana descera e, procurando-a, disse em pensamentos: “Até breve, meu amor. Até breve, Juiz de Fora. Vou voltar para os teus braços, para o lugar de onde nunca deveria ter saído. É aqui que eu quero passar o resto da minha vida”. E enquanto proferia essas palavras, as lágrimas desceram com mais abundância. Tive de fazer certo esforço para não soluçar, para que o passageiro ao meu lado, um senhor beirando os cinquenta anos, não me visse chorar. O que ele iria pensar, vendo um homem naquela idade chorando? Que eu era o quê? Um afeminado? Pois é assim que a maioria dos homens vê os seus pares mais sensíveis, embora isso passe de uma grande besteira.
Súbito, o ônibus começou a dar uma volta para deixar a rodoviária, então avistei Diana parada no canteiro central, bem ao lado da via onde o ônibus passaria. E quando ele passou, quase ao lado dela, pus a cabeça para fora, gritei-lhe “TE AMO!” e atirei-lhe o último beijo. Ela me acenou e, assim que o ônibus fez uma volta, ela desapareceu do meu ângulo de visão. Foi a última imagem dela que eu trouxe para Santos, uma imagem que me permanece viva e nítida, apesar de todos esses anos. Apesar da minha idade, ainda sou capaz de relembrar de cada gesto e de cada traço de seu sorriso dando-me um último adeus.
Ah, como foi torturante a saída de Juiz de Fora. Por mais de uma hora relembrei o passado, cada momento que estive com ela. Não só os momentos dos últimos dias, daquele retorno à cidade natal, como todos os outros em que vivi com ela desde aquele primeiro encontro no coreto de Santa Paula, anos atrás. Talvez devido às intensas emoções e o calor daqueles últimos momentos, essas lembranças, muitas delas perdidas, vieram-me à memória, aumentando a minha dor e a saudade. Minha resolução de voltar à Santos para buscar minhas coisas nunca fora tão forte. Eu sabia que Luciana poderia sofrer quando eu lhe comunicasse o fim de nosso relacionamento e a minha resolução de voltar para Juiz de Fora, mas era o melhor a ser feito. Eu não a amava como a amara nos primeiros anos. E só continuava com ela por não ter tido forças de por um fim. Agora eu tinha uma razão e coragem para dizer-lhe a verdade. E era o que tinha de fazer. Era o meu futuro que estava em jogo. E de mais a mais continuar com ela só nos traria dissabores no futuro. Se eu não tomasse essa resolução, certamente ela tomaria mais cedo ou mais tarde, pois não parecia ser o tipo de pessoa que fica com o outro por pena.
Quanto a meus pais, estes também sofreriam com a minha vinda para Juiz de Fora, mas tinha a minha irmã. Na realidade, ela era mais ligada a eles do que eu, talvez por ser mulher. Embora gostasse de ajudá-los no supermercado, onde ela se sentia melhor, nada a impediria de assumir o meu lugar no escritório. O faro de ser dois anos mais nova do que eu, não mudava muita coisa. Até porque mostrava ser tão inteligente ou até mais do que o irmão.
E eu tinha uma razão a mais para não continuar trabalhando naquele lugar. Ia lembrar de Fabiana, de como perdera a vida por minha causa. Certamente eu me lembraria dela todos os dias. E, como as pessoas que não conseguem se livrar de suas culpas, eu não iria suportar aquela vida. Já tentara me matar uma vez. Não me seria difícil tentar outra vez. Se na hora H a coragem me faltara, nada me garantiria de que faltaria novamente. Não, eu não poderia voltar àquela vida novamente. Se o fizesse seria um suicídio. Disso eu tinha certeza.
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