Brincadeiras
Peteca, bola, bila e pião Em dupla ou mesmo só Faça chuva ou faça sol Era grande a animação Futebol eu não jogava A bola corria mais que eu e quem quedas não sofreu Quando na bola pisava Baralho nunca joguei Nem que fosse apostado De vício único e danado Só do cigarro peguei (mas já larguei) Brincando o tempo matava Era assim meu pensamento Mas quem matava era o tempo Eu apenas me enganava Estudar eu não gostava Mas meu pai era sabido E dando bronca comigo Pra escola me mandava A vida assim foi passando Sem querer fui crescendo As brincadeiras morrendo E eu sem brinquedo ficando Na vida adulta o trabalho Os problemas e a família Tem sido o que alivia E da tristeza quebra o galho E assim vai indo a vida Caminhando para o fim E o que será de mim? E da saudade sentida? O melhor é nem saber E a todos ir amando Pois se ela vai chegando Feliz vou tentar viver Tarciso Coelho, maio/2002
O Diário da Pandemia
Que inventei de escrever
Jamais teve a intenção
Que não só o meu querer
Do dia a dia registrar
Pra no futuro lembrar
O que estamos a viver
Mas é preciso dizer
Aqui não vou divulgar
Notícias de tristeza
Já que quero me alegrar
E se esse meu escrever
Nem pouco alegrar você
Mal também não lhe fará.
Caros Amigos,
A partir de 22.03.2020, passei a publicar versos meus em outras situações, retornando ao assunto em pauta apenas eventualmente.
Abraços todos.
Tarciso Coelho, Crato (CE), 30.03.2020.
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