https://youtu.be/Pp_0L1GeHE4 
 
   
 
 Diário da Pandemia 
 
   
 
 Quantas vidas vividas? 
 
   
 
 Acredito que ganho do gato. Sete vidas? Fichinha... 
 
 Em 1981, adido na Agência BB – Parnamirim (PE) residia no alojamento improvisado da AABB e fazia refeições na Pensão de Dona Rita, que nos servia comida caseira da melhor qualidade. Não raro, nos servia para jantar, um simples, mas delicioso, cuscuz com leite. Em cada prato, entre cinco e oito comensais, um generoso cuscuz fumegante, e em um panelaço de alumínio reluzente, muito leite quentinho e coberto por grossa e amarelinha camada de nata, para que cada um de nós nos servíssemos à vontade. Com a concha do leite à mão, o colega Romildo garimpava a nata para seu cuscuz e, ansioso, observei: ei colega, os outros também gostam de nata; impassível, o colega, até hoje um grande amigo, esboçou leve sorriso e disse: “sei; mas ninguém gosta mais que eu”.  
 
 Carrego na memória paquidérmica da cabeça chata de cearense que Deus me deu, cada instante vivido nos últimos 65 anos, vindo à tona, de fragmentos à completas histórias dos lugares em que vivi. Hoje, lembrei Portel (PA), de onde um dia parti, com vontade de ficar. 
 
   
 
 Portel (PA) para Aracati (CE) 
 
   
 
 Vou embora de novo 
 
 Para o querido Ceará 
 
 Lugar em que nasci 
 
 Mas pouco morei lá 
 
 Se saudades eu senti 
 
 Fico feliz ao retornar 
 
   
 
 Vou para beira do mar 
 
 Lugar mais lindo dali 
 
 Onde o Jaguaribe emboca 
 
 Nas praias do Aracati 
 
 Lá viverei a saudade 
 
 Que sempre terei daqui 
 
   
 
 Ao Pará que me acolheu 
 
 Deixo o agradecimento 
 
 Por tudo que aqui tive 
 
 Que não terá esquecimento 
 
 Principalmente da beleza 
 
 Como vivi cada momento 
 
   
 
 Pessoas que me são caras 
 
 De mim se despedindo 
 
 Sem ter motivo pra choro 
 
 E todo mundo sorrindo 
 
 Pois se agora me vou 
 
 É porque tem alguém vindo 
 
   
 
 A Conceição minha Gerente 
 
 Digo o meu muito obrigado 
 
 Pelo reconhecimento 
 
 Do trabalho abnegado 
 
 Pois você muito contribuiu 
 
 Para o momento chegado 
 
   
 
 A todos os meus colegas 
 
 Presentes aqui ou não 
 
 Deixo o meu grande abraço 
 
 E um forte aperto de mão 
 
 Para que fique a certeza 
 
 Que vão em meu coração 
 
   
 
 Diléia, Leandro e Márcio 
 
 Vívia, Alex e Marco Antônio 
 
 Rosana, Joquebede e Caroline 
 
 Cada um busque o seu sonho 
 
 E pra reverem o amigo 
 
 Lá no Ceará me ponho 
 
   
 
 Alam, Dinaldo e Júnior 
 
 Nicinha e Teixeira 
 
 Sejam sempre felizes 
 
 No trabalho e brincadeira 
 
 Não importando o dia 
 
 Se segunda ou sexta-feira 
 
   
 
 Ivone amada minha 
 
 De mim outra metade 
 
 Obrigado pelo carinho 
 
 E sua imensa bondade 
 
 Por isso tê-la comigo 
 
 É minha maior vontade 
 
   
 
 Assim me despedindo 
 
 Foi chegada minha hora 
 
 Pra todos chega o seu dia 
 
 Cedo ou tarde vai embora 
 
 Vou feliz pro Ceará 
 
 A minha hora é agora. 
 
   
 
 Portel, (PA), 25.08.2012 
 
   
 
 Tarciso Coelho * 
 
   
 
 *Luiz TARCISO COELHO Bezerra, é Poeta, Contador, Administrador, ex-Auditor Interno do Banco do Brasil – Aposentado, ex-Técnico Bancário do Banco da Amazônia, em Soure e Belém (PA), Membro Efetivo da União Picoense de Escritores - U.P.E., em Picos (PI) e do Clube do Escritor e do Poeta Marajoara – CPOEMA, em Soure (PA). Através de novo concurso público retornou ao Banco do Brasil em 2011. Hoje é Caixa Executivo na Agência BB-Cedro (CE).  
 
   
 
 Caro colega e amigo Romildo invoquei seu desmedido apetite por cuscuz com leite, e nata principalmente, para assegurar que do Banco do Brasil, do Brasil e de viver, os outros também gostam; mas ninguém gosta mais que eu. 
 
 Que Deus nos Dê vida a todos; e vida em abundância. 
 
   
 
 Lugares onde vivi nas décadas de: 
 
 1950: Várzea Alegre e Cedro (CE); 
 
 1960: Cedro (CE); 
 
 1970: Cedro e Crato (CE) e Salgueiro (PE); 
 
 1980: Salgueiro, Parnamirim e São Vicente Férrer (PE), Juazeiro do Norte (CE), Piancó (PB) e Manicoré (AM); 
 
 1990: São Vicente Férrer e Recife (PE), Belém (PA), Manaus (AM), São Luiz (MA) e Fortaleza (CE); 
 
 2000: Fortaleza (CE), Picos (PI), Rio Branco (AC), Soure e Belém (PA): 
 
 2010: Soure, Belém e Portel (PA), Aracati, Fortaleza, Jaguaruana, Mauriti, Farias Brito e Cedro (CE); 
 
 2020: Cedro (CE), por enquanto... 
 
   
 
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 Diário da Pandemia 
 
   
 
   
 
 O Diário da Pandemia 
 
 Que inventei de escrever 
 
 Jamais teve a intenção 
 
 Que não só o meu querer 
 
 De o dia a dia registrar 
 
 Pra no futuro lembrar 
 
 O que estamos a viver 
 
   
 
   
 
 Mas é preciso dizer 
 
 Aqui não vou divulgar 
 
 Notícias de tristeza 
 
 Já que quero me alegrar 
 
 E se esse meu escrever 
 
 Nem pouco alegrar você 
 
 Mal também não lhe fará. 
 
   
 
   
 
 Caros Amigos, 
 
   
 
   
 
 A partir de 22.03.2020, passei a publicar versos meus em outras situações, retornando ao assunto em pauta apenas eventualmente. 
 
   
 
 Fique á vontade para lê-los ou relê-los no seguinte endereço: 
 
   
 
 www.usinadeletras.com.br 
 
 Autores 
 
 Letra T 
 
 TARCISO COELHO 
 
 Contos 
 
   
 
 Obs.: Fico grato pelas visitas, inclusive a outros trabalhos lá publicados, bem como aos comentários que tiverem a bondade de escrever. 
 
   
 
   
 
   
 
 Abraços a todos. 
 
   
 
   
 
 Tarciso Coelho, Crato (CE), 26.06.2020. 
 
   
 
   
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