https://youtu.be/fVv3-y4jyRo
Diário da Pandemia
Patativa do Assaré: Nordestino sim, Nordestinado não.
Nunca diga nordestino Que Deus lhe deu um destino Causador do padecer Nunca diga que é o pecado Que lhe deixa fracassado Sem condições de viver
Não guarde no pensamento Que estamos no sofrimento E pagando o que devemos A Providência Divina Não nos deu a triste sina De sofrer o que sofremos
Deus o autor da criação Nos dotou com a razão Bem livres de preconceitos Mas os ingratos da terra Com opressão e com guerra Negam os nossos direitos
Não é Deus quem nos castiga Nem é a seca que obriga Sofrermos dura sentença Não somos nordestinados Nós somos injustiçados Tratados com indiferença
Sofremos em nossa vida Uma batalha renhida Do irmão contra o irmão Nós somos injustiçados Nordestinos explorados Mas nordestinados não
Há muita gente que chora Vagando de estrada afora Sem terra, sem lar, sem pão Crianças esfarrapadas Famintas, escaveiradas Morrendo de inanição
Sofre o neto, o filho e o pai Para onde o pobre vai Sempre encontra o mesmo mal Esta miséria campeia Desde a cidade à aldeia Do Sertão à capital
Aqueles pobres mendigos Vão à procura de abrigos Cheios de necessidade Nesta miséria tamanha Se acabam na terra estranha Sofrendo fome e saudade
Mas não é o Pai Celeste Que faz sair do Nordeste Legiões de retirantes Os grandes martírios seus Não é permissão de Deus É culpa dos governantes
Já sabemos muito bem De onde nasce e de onde vem A raiz do grande mal Vem da situação crítica Desigualdade política Econômica e social
Somente a fraternidade Nos traz a felicidade Precisamos dar as mãos Para que vaidade e orgulho Guerra, questão e barulho Dos irmãos contra os irmãos
Jesus Cristo, o Salvador Pregou a paz e o amor Na santa doutrina sua O direito do banqueiro É o direito do trapeiro Que apanha os trapos na rua
Uma vez que o conformismo Faz crescer o egoísmo E a injustiça aumentar Em favor do bem comum É dever de cada um Pelos direitos lutar
Por isso vamos lutar Nós vamos reivindicar O direito e a liberdade Procurando em cada irmão Justiça, paz e união Amor e fraternidade
Somente o amor é capaz E dentro de um país faz Um só povo bem unido Um povo que gozará Porque assim já não há Opressor nem oprimido.
Piancó (PB) – Quinta cidade
Piancó é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Metropolitana do Vale do Piancó. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2016 sua população era estimada em 16.039 habitantes e sua área territorial é de 564 km². Sendo umas das cidades mais antigas do estado da Paraíba, com 266 anos de emancipação política, Piancó destaca-se por ser o marco da Coluna Prestes e o lugar onde tombou o corpo do maior bandeirante/sertanista de todos os tempos; Domingos Jorge Velho, o paulista que desafiou os limites dos perigosos e selvagens sertões sul-americanos muito antes de haver as marchas para o oeste em qualquer uma das Américas.
Piancó é, também, o município sede da 7ª gerência Regional de saúde do estado da Paraíba.
Em 1800, precisamente no dia 18 de setembro, Francisco Dias Gomes, senhor da casa da Torre e proprietário a mais de três décadas de uma fazenda de gado existente na referida localidade, denominada Pinho Sol, cedeu boa parte dessas terras para formar o patrimônio da segunda igreja, dedicada a Santo Antônio, erguida às margens do Rio Piancó, com uma arquitetura invejável, mantida até os dias atuais. Representou o doador durante o ato jurídico de transferência de bens, o Mestre de Campo Pedro Alves Cabral (filho do fundador da povoação Francisco de Paulo) e como curador e administrador da beneficiária o Sargento-Mor Manuel da Silva Passos. Esse acontecimento é tido como o marco oficial da oficialização da fundação de Piancó, motivo pelo qual a data é anualmente lembrada com diversas comemorações.
A emancipação política foi conquistada em 11 de novembro de 1871, recebendo a denominação de Vila Constitucional de Santo Antonio de Piancó. Sua instalação oficial se deu no dia 2 de maio de 1832. Já a Comarca foi criada pela lei provincial 250, de 9 de outubro de 1884, suprimida por decreto de 17 de abril de 1890 e restaurada pela lei nº 8, de 15 de dezembro de 1892. O retrocesso voltou a ser registrado pôr pouco tempo, no ano de 1916, quando nova supressão veio a ocorrer por iniciativa do Padre Otaviano, chefe de política dominante, em represália ao Juiz de Direito da época, que acabou removido, trazendo em conseqüência a normalização do trabalho forense.
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
Dados do Departamento de Ciências Atmosféricas, da Universidade Federal de Campina Grande, mostram que Piancó apresenta um clima com média pluviométrica anual de 915.7 mm e temperatura média anual de 26.5 °C.
Veja mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pianc%C3%B3
"Não tenho nome seu moço Apesar de batisado Só me chamam retirante Ou entonce flagelado".
(O flagelado, Bastos Andrade)
https://youtu.be/zReqMykFbs8
https://www.youtube.com/watch?v=qa8Gz07BRBA
Últimas Notícias: https://www.uol.com.br/
Diário da Pandemia
O Diário da Pandemia
Que inventei de escrever
Jamais teve a intenção
Que não só o meu querer
De o dia a dia registrar
Pra no futuro lembrar
O que estamos a viver
Mas é preciso dizer
Aqui não vou divulgar
Notícias de tristeza
Já que quero me alegrar
E se esse meu escrever
Nem pouco alegrar você
Mal também não lhe fará.
Caros Amigos,
A partir de 22.03.2020, passei a publicar versos meus em outras situações, retornando ao assunto em pauta apenas eventualmente.
Para lê-los ou relê-los clique: https://bit.ly/tarcisocoelho
Obs.: Fico grato pelas visitas, inclusive a outros trabalhos lá publicados, bem como aos comentários que tiverem a bondade de escrever.
Abraços a todos.
Tarciso Coelho, Crato (CE), 31.07.2020.
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