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Diário do Dia a Dia

Sede, fome, desejos e engamos.

Fome. Fome de comida, de carinho, de sonhos... Tentei enganar o tempo e acabei por descobrir que só enganava a mim mesmo. Naufragado em pensamentos. O sol de fogo cozinhando meus miolos.

A vida não tem elevador. Infelizmente é um degrau depois do outro. E a vida ensina que é preciso um pouco de zen para saber usar o arco. O amor exige mergulhos profundos, cera nos ouvidos e arpão afiado.

O tempo nos escorre e temos coisas e coisas para dizer. Saudades. Ardidas, relutantes. Nada em especial. Mesmo as sinto é das normalidades. Risos dos amigos, andanças, vícios. Erros e acertos e erros...Viver com eles, aprender com eles.

Pode ser que sim. Pode ser que não. Mas, assim não! Na rede eu balanço o tempo com um suspiro. Morpheus sibila nos meus ouvidos. Pesam minhas pálpebras de estanho. Pesadelos anseiam para devorar meu cérebro. Sono! Acordei tarde passava do meio dia.

Preciso parar de contar nuvens e escolher logo outro caminho. Agora é içar velas e singrar o tempo no meio dos vapores proibidos. Sorrisos de fotografia e esperanças de prazeres ternos... Se você contar com fidelidade tudo fica com contornos de beleza.

No coração apenas o destino manda. E é preciso lutar pelo que se ama. Rótulos nada importam. Futuros e passados também não. Apenas o presente detém sopros de felicidade!!! Virei menino nesse sendeiro. Não sabia, mas, era feliz.

(Raniere Gonçalves)

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Brincando o tempo eu matava, era assim meu pensamento, mas quem me matava era o tempo, eu apenas me enganava...

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