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Contos-->Um Dia -- 05/08/2001 - 11:12 (Diego Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM DIA


Senti-me compelido a relataro que se passou comigo. Por isso faço-o agora.
Um belo dia acordei e percebi que não podia falar. Minha voz havia sumido. E pior do que isso, minha esposa parecia ignorar a minha presença. Era como se eu não estivesse ali, ao seu lado. Fiquei horrorizado. Como havia acabado de acordar e estava com fome, decidi descer para tomar o meu café. Mas também não conseguia segurar nada. Alguma força maior impedia-me de realizar qualquer coisa que eu quisesse. Tentei sair de casa, mas não conseguia abrir a porta. A maçaneta não girava por mais que eu me esforçasse. Reuni forças para tentar gritar, chamar a atenção da minha esposa, tudo o que me foi possível. Ela parecia simplesmente não me ver. Tremia de tão nervoso que estava ficando. O desepero havia tomado conta do meu corpo e da minha mente. Pensei que talvez pudesse pular uma janela mas sair pelas que estavam abertas me foi impossível pois não tinha forças ára levantar o meu corpo.
Vi minha esposa se preparando para sair. Ia trabalhar. Parecia não se importar comigo. Pegou suas chaves e abriu a porta para sair. Achei que talvez aquela fosse uma boa oportunidade para sair de casa também. Ela tinha o costume de checar a bolsa para ver se não tinha esquecido de alguma coisa antes de fechar a porta. Pensei que talvez durante esse tempo eu poderia sair. Aproveitaria enquanto a porta estivesse aberta. Quando ela começou a fechar a porta por fora meu corpo ficou imóvel. Não movia nada, nem sequer uma parte.Ela trancou a porta e saiu. Depois de trancada a porta pude me mover novamente. Fiquei desesperado por tentar entender o que estava acontecendo. Aquilo tudo não poderia ser verdade. Sentei-me no chão e tentei buscar um motivo para aquele acontecimento. Naquele moento descobri que também estava perdendo a minha capacidade de raciocinar. Não conseguia pensar em nada, relembrar o que poderia estar causando aquilo. Num ato de desespero comecei a tentar quebrar o que havia em volta de mim na esperança de que talvez os vizinhos pudessem ouvir o barulho. Não adiantou. Eu não conseguia mover um copo sequer. No desespero supremo corri pelas escadas acima, de volta ao meu quarto. Joguei-me na cama e comecei a me debater. Como um animal acuado e desesperado me jogava contra as paredes. Havia perdido o controle sobre mim mesmo. Já me machucavacom as pancadas. Tudo o que me caracterizava humano havia desaparecido. Novamente jogeui-me na cama. Doía-me o crpo todo e sangrava. Havia perdido toda e qualquer capacidade de me mover. Estava paralisado. Não tinha mais vontade própria. E assim adormeci.
Acordei no dia seguinte e vi que tudo não passara de um sonho.
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