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Contos-->27.11.2021 - O dom de sonhar -- 27/11/2021 - 08:40 (TARCISO COELHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

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Diário do Dia a Dia

 

 

 

O dom de sonhar

 

 

 

As nações são todas mistérios. Cada uma é todo o mundo a sós. Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada. A aranha da minha sorte faz teia de muro a muro... Sou presa do meu suporte.

 

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal. Não sei o que sinto, não sei o que quero, não sei o que penso nem o que sou.

 

Nunca tive dinheiro para poder ter tédio à vontade. Porque eu desejo impossivelmente o possível, porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, ou até se não puder ser...

 

Uma vontade de sono no corpo, um desejo de não pensar na alma, e por cima de tudo, uma transparência lúcida do entendimento retrospectivo... Tudo é orgulho e inconsciência.

 

O próprio sonho me castiga. Adquiri nele tal lucidez que vejo como real cada coisa que sonho. Mudem-me os deuses os sonhos, mas, não o dom de sonhar.

 

Quanto mais profundamente penso, mais profundamente me descompreendo. É preciso ser um realista para descobrir a realidade. É preciso ser um romântico para criá-la.

 

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas, é muito importante. Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão. E afinal o que quero é fé, é calma, e não ter essas sensações confusas.

 

(Fernando António Nogueira Pessoa — Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935)

 

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Se há eternidade, sejamos bons para alcançá-la. Se não há eternidade, sejamos igualmente bons agora, pois não teremos outra oportunidade de fazê-lo. Marco Aurélio

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